segunda-feira, 29 de julho de 2013

Professor de Doutorado em faculdade do RS, Júnior de Elman diz no PB Notícias que falta à Itaporanga definir qual a sua prioridade...

O PB Notícias de hoje também teve a grata satisfação de receber em sua bancada o conterrâneo Manoel de Araújo de Sousa Júnior, mais conhecido como Júnior de Elman, que atua como professor de Doutorado na Faculdade de Santa Maria, lá no longínquo Rio Grande do Sul, aonde é encarregado pela Coordenação de Doutorado da Bancada de Processamento Remoto (Desastre Ecológico). Júnior veio à Itaporanga, acompanhado da esposa Silvia Prado, venezuelana Doutora em Desmatamento, para prestigiar casamento de uma irmã e, claro, aproveitar a viagem para rever seus pais [Elman e Carmélia], parentes e amigos.
Ele falou um pouco sobre as dificuldades que enfrentou no começo dos estudos, iniciados na Escola Simeão Leal, passando pelo o vestibular, aprovado para o curso de Engenharia de Minas na UFPB em Campina Grande, até sua ida para o sul do país. Fez prova de Mestrado em três faculdades das mais conceituadas do país: a USP, o ITA e a IMPER, esta última escolhida para concluir o Mestrado. Em seguida, fez Doutorado em Imagem de Radar, pelo ITA e IMPER. "Lá em Santa Maria há cinco paraibanos e os alunos estranham pelo sotaque, que jamais deixarei", revela.
"Todo mundo sabe das dificuldades que há em se formar e vencer na vida, ainda mais sendo filho de um taxista e uma dona de casa. Mas, digo que quando se tem vontade agente consegue o que almeja". Ele diz que há uma busca enorme por profissionais qualificados e que o Brasil, apesar dos investimentos, está atrasado quando comparado aos países de primeiro mundo porque só pensa no curto prazo e nunca num planejamento eficaz de longo prazo. "Falta engenheiro, dentre outros profissionais, porque o Brasil não pensa a longo prazo apenas no curto prazo", diz.
Falando sobre a tragédia que vitimou centenas de estudantes em Santa Maria, Júnior revelou que jamais havia visto algo parecido. "Realmente é uma cena surreal. Parecia coisa de guerra. Era aviões e helicópteros por todos os lados. Perdi alunos naquele incêndio. Tinha recebido um convite pra ir à festa, que é natural em universidades, e acabei não indo por ser muito caseiro. Vejam só...", relata. 
Sobre a perspectiva de Itaporanga ter um desenvolvimento esperado trilhando pelo caminho da educação, Júnior diz que falta à cidade definir se é prioridade ter um campus universitário. "A prioridade de Itaporanga nunca foi ter um campus universitário. Quando isso for prioridade a coisa acontece. Está na hora de Itaporanga começar a se impor e fazer-se ouvir. O clima de uma cidade muda bastante quando se tem uma universidade", pontua.
Para ele falta aos governantes do município a determinação de colocar seu nome na história, assim como fez o monsenhor José Sinfrônio de Assis Filho. "A maioria dos prefeitos que passaram em Itaporanga só pensaram em executar medidas imediatistas, promover festas e não se preocuparam em ter seu nome colocado na história tendo a educação, por exemplo, como parâmetro. Vejam o caso do padre Zé Sinfrônio que ao construir o Colégio Diocesano fez história exportando talentos para o país e o mundo".
Falando sobre problemas sociais e os programas desenvolvidos pelo governo, Júnior entende que o modus operandi destes é danoso ao brasileiro. E afirma que as frentes de trabalhos do passado, conhecidas como "emergências", executadas em épocas de seca até a década de 80 do século passado eram mais dignas do que as bolsa entregues nos dias atuais. "Você trabalhar sem fazer nada é um desserviço. Receber das emergências, executadas no passado, é mais digno do que essas bolsas porque ali você recebia pelo seu trabalho", disse.

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