
Apesar da expectativa de fechar o ano de 2016 com um rombo de R$ 170 bilhões nas contas públicas, o governo interino de Michel Temer (PMDB) e sua base na Câmara concordaram com a aprovação de um megapacote de reajuste para o funcionalismo federal - Executivo, Judiciário e Legislativo, além do Ministério Público -, com impacto de ao menos R$ 58 bilhões até 2019. Represados na gestão de Dilma Rousseff (PT), 15 projetos de lei que estabelecem reajuste e benefícios ao funcionalismo foram aprovados entre a noite desta quarta-feira (1º) e a madrugada desta quinta (2).
A de maior impacto foi o aumento do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O rendimento que delimita o teto do funcionalismo, passou de R$ 33.763 para R$ 39.293. O efeito cascata gerado em todo o Judiciário deverá, segundo o Ministério da Fazendo, ter um impacto de R$ 6,9 bilhões até 2019. Entre outras propostas aprovadas, estavam concessões de reajustes para o procurador-geral da República, para os servidores da Câmara e do Senado e do TCU (Tribunal de Contas da União), além dos servidores do Ministério Público da União.
Todos os projetos terão de passar pelo Senado - exceto o de reajuste dos servidores desta Casa - que irá para sanção presidencial. O pacote da Câmara recebeu aval público do Planejamento, nesta quarta-feira (1º). Nos bastidores, o argumento é que o fortalecimento político de Temer com o funcionalismo, principalmente com suas cúpulas, compensa o desfalque bilionário nos cofres públicos.
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