quarta-feira, 12 de junho de 2019

Confirmação de que Telegram não foi hackeado reforça suspeitas de arapongas de vazamento no grupo da Lava Jato

Após o aplicativo Telegram (tem sede em Dubai e seu principal acionista é russo) descartar a ação de hacker no vazamento das conversas do então juiz Sérgio Moro com procuradores da Lava Jato, toma corpo entre arapongas de inteligência (da Abin) a suspeita de que as mensagens podem ter sido entregues para publicação por integrante do grupo do aplicativo do qual fazia parte o atual ministro da Justiça. O Telegram negou ter sido hackeado, mas isso não significa que os celulares do ministro e dos procuradores não tenham sido invadidos. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
A teoria da conspiração de arapongas é que o vazamento da conversa objetivou gerar crise política para inviabilizar a reforma da Previdência. Um bandido clonou o celular de repórter do Globo e até se passou por ele, trocando mensagens com um procurador. O Telegram levantou outra hipótese ao Twitter: “É mais provável que tenha sido malware [um tipo de vírus]” o responsável pelo vazamento. Criminosos conseguem sem dificuldade clonar um número de celular apenas se dirigindo a uma loja da empresa operadora do celular.
Escreve Carlos Brickmann, que ninguém se iluda, pensando que as transcrições já divulgadas do Intercept tenham esgotado o assunto. Em reportagens desse tipo, publica-se apenas parte das informações disponíveis. Aguarda-se a reação de quem foi atingido. Aí vem a segunda parte, buscando desmoralizar os desmentidos. E pode haver uma terceira parte, por que não?
A simples iniciativa petista de divulgar a reportagem pouco antes de julgamento que poderia libertar Lula (ou até anular suas condenações, objetivo que buscam) já criou todo um tumulto. Se Moro e Dallagnol pisarem em falso, poderão sofrer muito mais. 

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