quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Edvaldo Rosas, Coriolando e empresário de CG são presos em nova fase da Operação Calvário que cumpre ainda 28 mandados de buscas por fraudes estimadas em mais de R$ 2 bilhões na educação

A 11ª e 12ª fase da Operação Calvário foi deflagrada na madrugada desta quinta-feira (04), na Paraíba. A operação cumpre três mandados de prisão e 28 mandados de busca e apreensão por fraudes estimadas em mais de R$ 2 bilhões na educação.

O ex-presidente estadual do PSB, Edvaldo Rosas, o irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, Coriolano Coutinho, e o empresário Pietro Harley, operador do esquema, foram presos durante as novas fases da Operação Calvário, deflagrada nesta quinta-feira (04), na Paraíba. Coriolano Coutinho já se encontrava preso por descumprimento de medida cautelar.

Confira o documento de investigação para deflagração da operação: Confira 

Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades paraibanas de João Pessoa, Cabedelo, Campina Grande e Taperoá, assim como em Brasília (DF), Florianópolis (SC) e São Paulo (SP), expedidos pela 1ª Vara Criminal de João Pessoa. 

Investigação

A Operação Calvário tem por objetivo investigar a atuação de uma organização criminosa instalada no Governo do Estado e em prefeituras da Paraíba, desde o exercício de 2010, composta por organizações sociais, empresas comerciais e agentes públicos e políticos, que, por meio de contratações fraudulentas, obtinha vultosos recebimentos de propinas para se manter no poder. 

Estas duas fases da Operação Calvário, décima primeira e décima segunda, têm por objetivo investigar contratos para aquisição de material didático (livros), por parte das Secretarias de Educação do Estado, no ano de 2014, e do Município de João Pessoa, no ano de 2013, nos valores de R$ 4.499.995,50 e R$ 1.501.148,60, respectivamente, sendo estimado um prejuízo ao erário, no montante de aproximadamente R$ 2.300.000,00, em razão do pagamento de propinas a agentes públicos e políticos.

Os principais crimes investigados são os de dispensa e/ou inexigibilidade ilícita de licitação, fraude licitatória (respectivamente arts. 89 e 90 da Lei nº 8.666/93), "lavagem" e/ou ocultação de bens, direitos e valores (art. 1º, caput, e § 4º, da Lei nº 9.613/98), corrupção passiva (art. 317 do Código Penal), peculato (art. 312 do Código Penal) e corrupção ativa (art. 333 do Código Penal).

O trabalho conta com a participação de Promotores de Justiça dos Ministérios Públicos Estaduais da Paraíba, do Distrito Federal, de Santa Catarina e de São Paulo, Servidores dos GAECOs, Auditores da CGU, Auditores do TCE/PB e da Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba, e de Policiais Civis e Militares da Paraíba.

Tais fatos, ensejaram a propositura de duas denúncias em face de agentes públicos, as quais já foram protocolizadas e distribuídas ao juízo da 1ª Vara Criminal de João Pessoa.

A operação Calvário

A Operação Calvário tem por objetivo investigar a atuação de uma organização criminosa instalada no Governo do Estado e em prefeituras da Paraíba, desde o exercício de 2010, composta por organizações sociais, empresas comerciais e agentes públicos e políticos, que, por meio de contratações fraudulentas, obtinha recebimentos de propinas para se manter no poder.

As propinas proporcionadas pelas empresas contratadas eram captadas sempre após a realização dos pagamentos pelo Estado, com percentuais que variavam entre 5% e 30%, a depender do produto ou material adquirido pela Secretaria Estadual de Educação.

Geralmente, a aquisição de livros rendia propina que poderia atingir 30% e os demais materiais, como laboratório, kits escolares, entre outros, poderiam atingir 20%.

Alvos da operação:

Ricardo Vieira Coutinho (ex-governador da Paraíba)

Coriolano Coutinho

Gilberto Carneiro da Gama

Márcia de Figueiredo Lucena

Livânia Maria da Silva Farias

José Edvaldo Rosas

Ivan Burity de Almeida

Leandro Nunes Azevedo

Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro

Aparecida de Fátima Uchoa

Vladimir dos Santos Neiva

Jadson Alexandre de Almeida

Marcos Aurélio Paiva

Raul Maia

Pietro Harley

Waldson Dias de Souza

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