O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) não gosta de tratar do assunto e, quando trata, diz que todo governante tem a prerrogativa inquestionável de indicar os cargos comissionados que o governo possui. Mas isso não significa que não tenha posição sobre a especulação do governador Ricardo Coutinho (PSB) nomear o advogado Marcelo Weick, o mesmo que conduziu seu processo de cassação anos atrás, para secretário na gestão estadual. O tucano, claro, não concorda.
Ele diz que a política é feita de simbologias e a nomeação de Weick num governo ao qual ele dá sustentação é difícil de explicar pra si e para os outros. Para Cássio, a comparação com a nomeação da ex-reitora Marlene Alves no governo de Romero Rodrigues (PSDB) em Campina não é adequada, já que a professora, que entrou em conflito com o governo, votou com Ricardo Coutinho em 2010, apesar das rusgas atuais.
“Não é o caso de Marcelo Weick. Ele trabalhou e votou em Ricardo? Não. Eu tenho certeza que trabalhei e votei em Ricardo em 2010 e acho que mereço essa atenção de não ter no projeto que ajudamos a eleger alguém que foi pivô da minha cassação. Isso acontecendo, o que diria ao meu povo? É uma questão de medir quem trabalhou mais pela eleição de Ricardo. Eu posso dizer que trabalhei e votei. Em 2014, se Marcelo Weick se engajar na campanha, aí já seria diferente”, declarou.
Pela fala, se o governo quiser manter a aliança com o senador tucano, é melhor enterrar a tese de nomeação do jovem advogado. (com Luís Tôrres)
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