Desempenhando uma das atuações mais qualificadas na Câmara Municipal de Itaporanga, na atual legislatura, o vereador Ricardo Pinto (PSDB) trouxe na sessão passada mais uma preocupação importante que a população está passando a observar com relação aos gastos da atual gestão municipal.
Segundo o parlamentar-mirim, a atual gestão deve gastar mais de R$ 3 milhões quando terminar o mandato, ou seja, até os 20 (vinte) meses que restam. Entretanto, o prefeito tem feito de tudo para conseguir liberar cerca de R$ 2 milhões. Números que não batem, na percepção do edil, que acentua possibilidade para lavagem de dinheiro nessa equação.
Isso porque os R$ 3 milhões que a gestão dever chegar ao seu término em gastos referem-se a contratos com empresas de consultoria, para assessoramento, contratos de parentes em Brasília, para acompanhamento de projetos de engenharia, gastos com passagens aéreas, pagamento de diárias, gastos com combustíveis, dentre outros.
"Vejam a ironia do destino, o gestor estar correndo atrás de recursos em Brasília, diz ele, mas o município vai gastar, ao término do mandato, ou seja, nos quatro anos, cerca de três milhões de reais em contratos desse tipo. Ora, como é cabível uma prefeitura como esta gastar três milhões de reais quando o prefeito tenta liberar cerca de dois milhões de reais. Que matemática é essa? É um negócio ridículo que Itaporanga será submetida", declarou.
Ricardo disse que essa equação seria aceitável se, ao menos, a atual gestão estivesse executando obras ou ações importantes no município, mas, segundo ele "não há obras em nenhum lugar". E lembrou que em 2013 o município recebeu quase R$ 1 milhão em recursos federais para calçamento e saneamento básico nos bairros João Silvino (R$ 392 mil) e Bela Vista (R$ 595 mil) e por conta de pendências há grande risco de o município perder essa verba, se já não perdeu.
O tucano revelou até uma posta feita com o colega Neném de Adailton, hoje presidente da câmara, no início de 2013. Neném, à época defensor ardoroso do projeto político do prefeito, apostou cerca de R$ 5 mil que a atual gestão executaria num prazo de oito meses um leque de obras, dentre as quais os calçamento citados, e Ricardo aceitou de pronto e disse à Neném que em dois anos uma única pedra de calçamento não seria colocada em Itaporanga. Ganhou a posta mas não quis o dinheiro.
"Tô mentindo, senhor presidente?", perguntou Ricardo. "É verdade", respondeu Neném. "E ainda bem que vossa excelência tirou a venda dos olhos", pontuou Ricardo. O tucano disse, ainda, que a câmara estaria sendo "manipulada" e "extorquida" pelo prefeito quando o povo vai lhe pedir ações, à exemplo, de carro para levar pacientes à centros maiores e ele manda procurar a câmara que teria obrigação de fazer um serviço que é função do executivo.
"Qual o dever do vereador? É fiscalizar, acompanhar atos do poder executivo, denunciar quando for o caso, que não falta casos, mas esta Casa estar sendo manipulada e extorquida pelo Poder Executivo, quando pessoas procuram o prefeito e a secretaria de saúde e o que eles falam é que a 'prefeitura não tem carro, mas que procurem a câmara que l tem e é obrigação ceder'...", disse.
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