quarta-feira, 11 de maio de 2016

No dia em que será afastada pelo Senado, Dilma começou com uma caminhada ao invés do tradicional passeio de bicicleta; Lula defende que ela não desça rampa do Planalto amanhã quando for notificada, mas sai de helicóptero.

A presidente Dilma Rousseff abriu mão do passeio de bicicleta e foi vista apenas caminhando pela área do Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira (11), no dia da votação do impeachment no Senado. Os passeios de bicicleta da presidente começaram no fim de maio do ano passado. Ela geralmente sai acompanhada de seguranças e vestida de calça, blusa, casaco e tênis próprios para atividades físicas e utiliza capacete e óculos escuros. Na manhã de hoje, ela estava acompanhada de três seguranças, que a seguiam de certa distância. 
A presidente Dilma Rousseff é vista caminhando no Palácio da Alvorada, em Brasília, na manhã desta terça (11) (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
Em conversa com um pequeno grupo de senadores nesta terça-feira (10), em Brasília, o ex-presidente Lula defendeu que a presidente Dilma Rousseff não desça a rampa do Palácio do Planalto, caso seja afastada do cargo pelo Senado. Lula argumentou nesta conversa que só presidentes que terminam o mandato devem descer a rampa. Portanto, Dilma deveria escolher outra opção para deixar o Planalto. Uma delas seria sair de helicóptero.
A conversa aconteceu na suíte de um hotel em Brasília, onde estavam presentes o chefe de gabinete de Dilma, ministro Jaques Wagner, e os senadores petistas Paulo Rocha (PA), Humberto Costa (PE), Lindberg Faria (RJ) e Gleisi Hoffman (PR). Nessa conversa, ficou definido também que o governo deve fazer um contraponto ao eventual governo Michel Temer, principalmente em propostas mais duras para a economia. 
Houve uma preocupação especial em tentar conseguir evitar que na votação desta quarta-feira (11) no Senado, não se chegue ao número de 54 votos a favor do impeachment. Para isso, os petistas vão tentar trabalhar com abstenções. "Se já chegar amanhã com 54 votos, acabou, não tem mais o que fazer. Isso porque Temer terá conseguido os dois terços necessários para a votação final do impeachment", resumiu um participante do encontro.

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