quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Azevêdo vai trabalhar na formação de um novo governo e na eleição de um presidente aliado na AL da Paraíba

O governador João Azevêdo (PSB) voltou das férias de quase 15 dias e, agora, deve focar, inevitavelmente, na formação do novo governo, para os próximos quatro anos, e na eleição da Assembleia Legislativa. Na primeira tarefa, deve fazer com a cautela que é comum ao seu perfil. Sem estardalhaço, sem rupturas e, talvez, sem mudanças radicais.

De qualquer forma, a expectativa já é grande para alguns grupos de aliados. Entre eles, os derrotados nas urnas que são mais próximos ao gestor e os que só se aproximaram na decisão de apoio do segundo turno. A lista não é pequena. “De cabeça”, Pollyana Dutra (PSB), Ricardo Barbosa (PSB), Lindolfo Pires (PP), Frei Anastácio (PT), Anísio Maia (PSB), Jullian Lemos (UB), Rafaela Camaraense (PSB), Eva Gouveia (PSD), Fernanda Albuquerque (UB), Geraldo Medeiros (PSB)…

Tem ainda os aliados do Republicanos, partido que deu uma boa sustentação a Azevêdo na disputa pela vaga de governador e deve ter um tratamento diferenciado; bem como o Progressistas, partido do vice-governador eleito, Lucas Ribeiro. Na periferia, outros nomes dos partidos que fizeram parte do arco de alianças, PSD, PV, Rede, PC do B, Podemos, Avante, Solidariedade, PMN e Agir 36.

Algumas legendas já estão até contempladas, mas um novo governo, mesmo sendo de continuidade, traz naturalmente um cenário de disputa por espaços. Vamos ver quem tem mais força e influência. 

Assembleia 

A composição do governo passa, inevitavelmente, pela Assembleia Legislativa da Paraíba, com a formação de uma base e, primeiramente, a escolha dos presidentes dos dois biênios.

O governo, como sempre, evita dizer que vai interferir na disputa do Parlamento. Jogo de cena. Nos bastidores, corredores, cafés e em reuniões, com boa comida e bebida, apresenta as preferências, desejos e coloca as cartas na mesa. A preço de hoje, do Republicanos, os favoritos para o primeiro biênio são Wilson Filho e Branco Mendes. Os dois já trabalham no objetivo.

Tião Gomes corre por fora pelo PSB. Hervázio Bezerra não é candidato, mas “palpita” e interfere com a experiência de quem já foi articulador em muitas eleições. E rifado em uma delas. Eduardo Carneiro (PSD) se prepara para surpreender, com apoio de opositores. Galdino, atual presidente, tenta garantir, no mínimo, o segundo biênio. Na lista de quem deve interferir no processo tem ainda Felipe Leitão (PSD), que é bom nos bastidores.

Enfim, o governo também não terá uma tarefa simples para agradar todo mundo. Os articuladores terão que ter capacidade de convencimento, que passa, sem dúvida, por licenças programadas, espaços privilegiados nas secretarias e apoio garantido para as próximas eleições municipais. A pressão já começou e João volta como político vencedor, chancelado pelas urnas.

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