Uma auditoria realizada pelo Ministério da Saúde apontou que estabelecimento conveniados ao SUS em quatro estados do Nordeste teriam recebidos indevidamente mais de R$ 30 milhões em procedimentos oftalmológicos durante dois anos e meio. Até a conclusão das investigações, o governo federal suspendeu os repasses, o que afetou o tratamento de milhares de pacientes.
Segundo o Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do SUS), o valor teria sido pago indevidamente por consultas e tratamento não realizados em pacientes com glaucoma nos Estados de Alagoas, Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte. Os relatórios já foram encaminhados aos ministérios públicos estaduais e federais, que deverão aprofundar investigações e ingressar com as ações judiciais para ressarcimento. Os gestores de saúde locais também foram informados e deverão se pronunciar sobre o caso. O nome de 29 clínicas e hospitais acusados é mantido em sigilo pelo Ministério da Saúde.
Por conta da descoberta das fraudes, o repasse de recursos para tratamento da doença foi suspenso preventivamente às unidades de saúde dos quatro Estados. O corte interrompeu a entrega gratuita do colírio. O medicamento é essencial para controle da doença - que não tem cura - e era distribuído pela clínica conveniada para o tratamento. Estima-se que mais de 70 mil pessoas possam ter sido afetadas pelo corte.
Da Redação com UOL - Davi C. L (na ausência do editor)
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