segunda-feira, 29 de maio de 2017

Eitel Santiago e demais candidatos à vaga de Janot se comprometem em manter e reforçar Lava Jato, durante debate promovido pela ANPR.

Eitel Santiago [último da esquerda pra direito] disse manter e reforçar Lava Jato
Sete dos oito candidatos a procurador-geral da República, dentre os quais o paraibano Eitel Santiago, participaram nesta segunda-feira (29), na sede do Ministério Público Federal em São Paulo, do primeiro debate antes da eleição da lista tríplice que será apresentada ao presidente Michel Temer (PMDB), a quem cabe indicar o postulante a ser sabatinado e confirmado no Senado – ele irá substituir Rodrigo Janot, que já está há dois mandatos à frente do órgão e fica no cargo até 17 de setembro.
A uma plateia composta por procuradores da República, eleitores da lista tríplice, os candidatos trataram, sobretudo, de assuntos institucionais e internos do MPF. Temas como gestão de recursos, áreas de atuação, formação de procuradores, relações institucionais com Legislativo, Executivo e Judiciário e espaço a membros do Ministério Público da União ocuparam a maior parte das discussões. Em menor escala, os debatedores falaram de Operação Lava Jato, combate à corrupção e questões práticas que impactam as investigações, como convocações de procuradores para forças-tarefas.
Ao final do debate, a revista VEJA fez duas perguntas aos sete candidatos participantes, ambas relacionadas aos riscos e ameaças à Operação Lava Jato e à manutenção das investigações pelo sucessor de Janot. Todos os candidatos se comprometem a continuar e a estimular as apurações. Veja a seguir o que disse o paraibano Eitel Santiago:

Veja - O senhor vê alguma reação ou risco à Lava Jato? 
Eitel Santiago - Não tem perigo. A Lava Jato não é uma conquista do Ministério Público Federal, é uma conquista do povo brasileiro. Se eu for procurador, garanto que ela vai prosseguir.

Veja - Caso escolhido, o que o senhor fará para blindar e manter a Lava Jato? 
Eitel Santiago - Já tem equipes trabalhando, elas seriam mantidas. Mas não posso deixar de compreender queixas de colegas por iguais oportunidades de participar das investigações e de unidades do Ministério Público Federal que dizem ser sobrecarregadas com as convocações. Também mudaria como algumas informações são divulgadas, a exemplo dessa última delação. Estamos com quase 18 milhões de desempregados, é necessário ter cuidado com as implicações na economia.

Participaram do encontro, mediado pelo presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), José Robalinho Cavalcanti, os subprocuradores-gerais da República Carlos Frederico dos Santos, Eitel Santiago, Franklin da Costa, Mário Bonsaglia, Nicolao Dino, Raquel Dodge e Sandra Cureau. Também candidata, a subprocuradora-geral da República Ela Wiecko alegou questões pessoais, não participou presencialmente do debate e enviou suas considerações em um vídeo de cerca de 5 minutos.

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