quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Gervásio Maia fala que distanciamento com Ricardo Coutinho foi natural e não descarta apoiar João Azevêdo em 2022

O deputado federal Gervásio Maia Filho (PSB), em entrevista ao programa Arapuan Verdade, na tarde desta quinta-feira (28), confirmou o afastamento com o socialista Ricardo Coutinho (PSB). O parlamentar também não descartou a possibilidade de apoiar a reeleição do govenador João Azevêdo no pleito de 2022. Ele sinalizou que estará ouvindo a base do partido nos municípios e que a partir dessa construção alinhará o seu apoio. 

Gervasinho quer o comando do PSB, mas encontra resistências locais, assim como o senador Veneziano Vital do Rêgo, que preferiu não perder tempo e voltou “para casa”, no caso o MDB do senador José Maranhão. Segundo a rádio peão, caso a situação fique insustentável, o paraibano pode até desembarcar no Cidadania, partido do governador.

Os dois, aliás, voltaram a apertar as mãos, passados quase dois anos do rompimento entre João e Ricardo. Aconteceu durante a visita do emedebista Baleia Rossi, que disputa a presidência da Câmara dos Deputados, ao governador na Granja Santana.

Gervásio revelou que o distanciamento com RC se deu antes mesmo do pleito das eleições de 2020 e que pediu um diálogo com o socialista e não foi atendido. "A última vez que falei com Ricardo foi na véspera de convenção do partido. Não participei sobre as decisões que foram tomadas. Fiquei sabendo da candidatura dele pelas redes sociais. Quando ele enviou uma mensagem no final da tarde eu já estava sabendo. Tentei falar com ele um dias antes, mas ele não pode me receber. De lá pra cá o que existe é um distanciamento, afastamento", explicou.

Questionado sobre o cenário político que se desenha para a disputa de 2022, Gervásio foi enfático ao dizer que estará aberto ao diálogo com diversos projetos políticos, menos com aquele que for apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, ao se referir ao ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), cuja intenção já foi sondada para a disputa ao governo. 

"Para o futuro as concessões tem que se dá com a coerência e a decisão colegiada. Preciso conversar com quem está na base e nos municípios e o que mais fortalecer o projeto será feito. É muito cedo para falar sobre isso. Complicado tratar de qualquer prognóstico de posições, pois eu estarei me precipitando. Mas jamais estarei ao lado do presidente Jair Bolsonaro", disse. 

O pivô do rompimento seria Amanda Rodrigues, esposa da ex-governador, que também é filiada ao PSB. Quem conta é o jornalista Sales Dantas. Durante o programa CPAD Notícias, ele afirmou que o grupo de Ricardo estaria articulando denúncias contra João Azevêdo, além de se firmar oposição à atual gestão. Gervásio teria dito que não, que conhece o governador e o ajudou a se eleger.

Na verdade, foi uma via de mão dupla. João se elegeu, e com ele, Veneziano, Gervásio, Adriano Galdino, atual presidente da Assembleia Legislativa e que deve desembarcar no Avante próximo ano, Estela Bezerra, Cida Ramos, Hervázio Bezerra, Pollyana Dutra, Ricardo Barbosa, Jeová Campos e Buba Germano.

Agora, com a perda da liderança política por Ricardo – as últimas eleições mostraram isso -, alguns socialistas estão sim com reeleições em xeque, já que o partido está “rachado” e não é de hoje. Segundo Sales, Gervásio vai comandar o PSB, que pode integrar a base do governo na Assembleia Legislativa. Ricardo Barbosa, Hervázio, Pollyana e Galdino já estão na base do Governo. Sales disse que Jeová, Cida e Buba migrariam para a base também.

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