domingo, 12 de dezembro de 2021

Fusão PSDB/Cidadania/PSC pode levar João Azevedo a migrar pro PSD, de Romero, ou o Podemos se não tiver o controle na Paraíba.

As novas regras para as eleições de 2022 levaram os partidos a reavaliarem suas estratégias e a fusão ou federação é o caminho encontrado para sobrevivência. DEM e PSL partiram na frente e criaram o União Brasil. O PT vai formar uma federação com o PSB e PC do B.. O PSDB, Cidadania e PSC, estão ultimando os detalhes também de uma federação.

Diferente das coligações (permitidas até 2018), as federações vale por quatro anos e o que for decidido em Brasília deve ser seguido nos estados. Esse é o complicador. Porque muitos partidos aliados em Brasília são adversários nos estados. No Maranhão, por exemplo, o governador Flávio Dino (PSB), que será candidato ao Senado, vai apoiar seu vice-governador Carlos Brandão (PSDB) para sucedê-lo. 

Na Paraíba o cenário não é diferente de outros estados. Na última reunião da executiva nacional do Cidadania (foto abaixo), realizada em outubro, o governador João Azevedo já alertava que a fusão do seu partido com o PSDB não seria problema desde que observado a questão local e quem comandaria essa federação. 

Isso porque o PSDB é oposição e prepara lançamento da candidatura do deputado federal Pedro Cunha Lima, no próximo dia 15 de dezembro, justamente para concorrer contra João Azevêdo. A federação em curso do PSDB e Cidadania inclui ainda o PSC, que tem como presidente nacional o ex-senador Marcondes Gadelha (aliado dos tucanos). 

Nas articulações para essa fusão, destaque para dois paraibanos: o deputado federal Ruy Carneiro, que se gabaritou como principal nome do PSDB após a vitória do governador João Dória (SP) nas prévias para ser candidato a presidente em 2022, e o ex-deputado federal Leonardo Gadelha, filho de Marcondes. Já do lado do Cidadania, o presidente Roberto Freire tem conversado diretamente com Dória. 

Se for concretizada, essa fusão poderá levar o governador João Azevêdo a se filiar no PSD do ex-prefeito Romero Rodrigues. O presidente nacional Gilberto Kassab já deu o aval. O PSD tem o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, como pré-candidato ao Planalto em 2022. Outra alternativa de João seria migrar para o Podemos. Aqui o problema seria seguir com a candidatura do ex-juiz Sérgio Moro, num viés mais à Direita.

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