A decisão do ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinando sequestro e bloqueio de bens dos investigados na 'Operação Livro Aberto' é a pá de cal na postulação do deputado Tião Gomes (PSB) para vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), prometida pelo presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos).
O deputado da oposição Taciano Diniz (União Brasil) está a apenas dois votos de obter maioria para conseguir a vaga, num poder de articulação intenso entre seus pares. No entanto, o governo deve lançar nome para evitar isso. Dizem que será do secretário Deusdeste Queiroga, por ter o apoio de toda a base governista, evitaria assim constrangimento para o governo ver um deputado da oposição ser eleito para o tribunal.
Além de Tião, tiveram o valor de R$ 300 mil bloqueados de suas contas o deputado Branco Mendes (Republicanos) e os ex-deputados Lindolfo Pires (atual secretário de Estado do Esporte) e Edmilson Soares (eleito vereador na Capital). Essa decisão inviabiliza tecnicamente qualquer pretensão de Tião considerando que para integrar o TCE-PB existe a necessidade de uma conduta ilibada.
A vaga no TCE-PB está aberta a partir do próximo dia 19 com a aposentadoria do conselheiro Arthur Cunha Lima, que também teve bloqueio de suas contas no valor de R$ 1 milhão. O TCE-PB, inclusive, adotou critérios mais rigorosos para a posse de novos conselheiros e pode barrar indicação sem conduta ilibada. Outras exigências são ausência penais por crimes contra administração pública ou improbidade.
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