sábado, 15 de dezembro de 2012

Procuradores entregam cargos, reclamam de falta de estrutura e acusam secretárias de desrespeito

Doze procuradores do Estado entregaram um documento ao Procurador Geral do Estado, Gilberto Carneiro, solicitando exoneração dos cargos em comissão que ocupam. Eles alegam que o governo descumpriu acordo assinado em outubro de 2011 quanto a criação de uma comissão que elaboraria estudo para implantação de um novo PCCR da categoria. Eles alegam ainda que foram desrespeitados pelas secretárias de Administração e Finanças, Livânia Farias e Aracilba Rocha, respectivamente. A iniciativa coletiva é inédita na história do órgão. 
De acordo com o documento, os procuradores se reuniram com as secretárias acima citadas no dia de ontem, e as mesmas teriam desrespeitado a categoria, afirmando que os inconformados fizessem outro concurso para saírem da carreira e que parte dos profissionais não trabalhava. Os procuradores reclamam  da fata de estrutura concedida a eles pelo governo. "Elevadores quebrados e cadeiras quebradas, apenas sete computadores para mais de 40 profissionais, falta de papel, falta de xérox e precário sistema de informática".
Os profissionais alegam ainda que mesmo com péssimas condições de trabalho, conseguiram vitórias importantes para o governo como no caso da manutenção da Cruz Vermelha no Hospital de Trauma de João Pessoa e no caso da greve do Fisco, entre outros. De acordo com a presidente da Aspas, Sanny Japiassú, o pedido de exoneração coletiva foi decidido em assembléia na manhã desta sexta-feira (14). Apenas o procurador Sebastião Lucena, gerente regional do núcleo de Monteiro, não seguiu os colegas na iniciativa, mas foi respeitado em sua decisão. 
Para Sanny, mais do que um ato coletivo inédito, o documento é também uma ação de autoafirmação dos procuradores em prol da valorização da carreira e um basta a um processo histórico de usurpação das prerrogativas de uma categoria essencial para o funcionamento do Estado, mas que tem sido tratada com desrespeito sem limites pelo governo, embora tenha registrado resultados expressivos em favor dos cofres estaduais nos último anos.

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