O vice-governador Rômulo Gouveia (PSD) nunca foi um político acomodado. Apesar do porte físico avantajado, sempre foi bom no "jogo de cintura". Exemplo maior de sua desenvoltura foi quando chegou à presidência da Assembléia Legislativa ao ser p único candidato a entrar na disputa e tinha, teoricamente, poucas chances de vitória. Só teoricamente. Com bem informa Vanderlan Farias.
Como estava em desvantagem na teoria, o "Gordinho" decidiu recorrer à prática. Muito ligado à Família Cunha Lima, acabou conquistando o apoio público da então primeira-dama Glória Cunha Lima. Os próprios adversários reconheceram, pouco depois, que o "trunfo" foi fundamental para sua vitória.
Dez anos depois, Rômulo se prepara para encarar um novo desafio. Ele quer disputar uma vaga no Senado Federal, a única em disputa nas eleições de 2014. Tem adversários de peso, novamente, como o ex-senador Wilson Santiago, que deixou o PMDB e tomou o controle do PTB com o único objetivo de disputar um mandato de senador. Só há lugar para um candidato. Pelo menos na chapa de reeleição do governador Ricardo Coutinho (PSB).
Desta vez, Rômulo [retratado na foto ao lado do editor] leva vantagem na teoria porque conta com a simpatia do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), a quem cabe indicar o candidato na chapa do governador, caso seja mantida a aliança entre PSB e PSDB. Mesmo assim, ele não esquece a prática. Acelerou sua agenda política, participando de inaugurações ao lado de Ricardo Coutinho, e visitando as bases no interior. Até serviu de interlocutor de prefeitos aliados junto à secretários de Estado, no meio da semana que passou. Tudo como manda o figurino.
Ou seja, se depender de mobilização, Rômulo não perde a indicação. Mas, como em política tudo é possível o jeito é aguardar as definições. Até porque Wilson Santiago está numa afinidade enorme com o governador em busca ser seu companheiro de chapa, o que acontecendo poderá resultar no rompimento entre Cássio e Ricardo Coutinho.
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