Negociar jornadas de trabalho com colegas, atrasar o início de plantões ou até mesmo faltar ao expediente para viabilizar jornadas extras é uma prática recorrente na rede pública de saúde do Brasil por muitos profissionais. Para evitar essas práticas, o Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde, criou um sistema online de monitoramento de plantões que cruza dados de todos os médicos da rede pública.
Segundo a Secretaria, isso também evita a sobrecarga de trabalho, mas, principalmente, evita que os plantões sejam apenas no papel, sem a presença física dos médicos em seus respectivos locais de trabalho. Atualmente são 1.350 médicos, entre cooperados e efetivos no Estado. Os salários dos efetivos são R$ 1.480 nos fins de semana e R$ 1.280 durante a semana no plantão de 24h. Os plantões pagos às cooperativas médicas atualmente são de R$ 2.200.
O secretário de Saúde do Estado, Waldson de Sousa, informou que não vai renovar com a Cooperativa de Anestesiologista (Copanest) e Cooperativa de Intensivistas (Coomit). “Não vamos renovar com estas cooperativas que pedem um aumento de 15%. O Estado não tem fôlego financeiro para continuar a pagar alguma cooperativa nesse valor. Os médicos serão substituídos por outros. Já estamos trabalhando nisto”, afirmou Waldson.
As especialidades que mais necessitam de contratação são os neurologistas e anestesiologista. O secretário afirmou que o relatório divulgado pelo Conselho Regional de Medicina na Paraíba (CRM-PB) em que os profissionais se concentram em João Pessoa e Campina Grande não representa a realidade do Estado. “O CRM só trabalha com a tabela dos cooperados e não com os médicos efetivos. Eles não têm controle de todo o Estado entre cooperados e efetivos”, disse o secretário.
Na foto acima o secretário ladeado pelos diretores de hospitais: Wilka Rodrigues (Itaporanga), Leonardo Cabral (Aguiar) e Neguinha Tomaz (Piancó).
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