segunda-feira, 24 de agosto de 2015

MST promove caos e interditam trânsito em rodovias federais que cortam a Paraíba

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra interditaram vários trechos de rodovias federais que cruzam a Paraíba no começo da manhã desta segunda-feira (24). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), eles fecharam o trânsito no Km 108 da BR-101, em Alhandra; no Km 38 da BR-230, em Santa Rita; no Km 242 da 230, em Sousa;  e também no Km 250 da mesma rodovia, em Juazeirinho. Existem pontos de bloqueio também no Km 128 da BR-412, em Monteiro;  no Km 70 da BR-361, em Olho D'Água [Vale d Piancó]; e no Km 80 da BR-104, em Remígio.
Os protestos começaram pouco depois das 7h. Inicialmente foi informado que cerca de 100 integrantes do MST haviam fechado a rodovia nas proximidades do posto da Polícia Rodoviária Federal e que pelos 50 pessoas fecharam o trânsito perto da passarela de Tibiri, em Santa Rita. Pouco depois das 8h40, a PRF também confirmou os bloqueios nas cidades de Sousa e Monteiro. As manifestações em Olho D'Água e Juazeirinho foram confirmadas às 9h30 e a de Remígio, depois das 11h. No protesto de Alhandra, a PRF fez uma barreira cerca de 2 km antes da manifestação para orientar os motoristas. O trânsito de veículos está sendo desviado pela rodovia estadual PB-008.
O governador Ricardo Coutinho (PSB) reagiu, na manhã desta segunda-feira (24), aos protestos do MST: “Para falar comigo não precisa bloquear estrada”, afirmou o governador. Os sem terra pressionam o governo federal para que reveja à medida que cortou pela metade o orçamento destinado à Reforma Agrária no país. Outra reivindicação é uma audiência com o governador Ricardo Coutinho para tratar do assentamento acauã, no projeto Várzeas de Sousa, Sertão paraibano
“quando se fecha uma estrada impede-se uma ambulância de transporta um doente; uma carga que passa dias nas rodovias de chegar ao seu destino; as pessoas de chegarem ao seu trabalho. Não tem justificativa para um setor que sempre teve as portas abertas comigo”, afirmou. Ricardo acrescentou que as questões referentes ao assentamento acauã nas Várzeas de Sousa é de competência do Incra. Segundo ele, a infraestrutura da área direita das Várzeas de Sousa pertence ao Incra, portanto, é de responsabilidade do Governo Federal.
“O Governo Federal tem que colocar dinheiro, por que um estado como a Paraíba, que é pequeno, não pode estar assumindo tudo do Governo Federal. Então, vamos ter calma com as coisas e não atrapalhar a vida das pessoas. Se pedir sem atrapalhar nós recebemos. Agora, fazendo com que as pessoas paguem por uma questão que sequer é do Estado não é possível”, sustentou.

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