quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Bancado por Eduardo Cunha, Hugo Motta perdeu disputa pela liderança do PMDB...

O resultado confirmou o deputado Leonardo Pecciani (RJ) por 37 votos contra  a 30 votos de Hugo Motta (PB). A votação foi secreta, em cédula em papel. Motta tinha o apoio o candidato do presidente da Casa, o também peemedebista Eduardo Cunha (RJ).
Picciani chegou dez minutos antes do horário marcado para a reunião partidária. Pouco depois, às 15h05 foi a vez de Cunha. Motta chegou às 15h12. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, que foi exonerado temporariamente para voltar à Câmara para disse que a decisão foi tomada por ser o único peemedebista do Piauí na Casa.
Caberá ao líder de cada bancada indicar os integrantes da comissão especial que analisará o pedido de afastamento da petista. As 65 cadeiras do colegiado serão distribuídas de acordo com o tamanho das bancadas -o PMDB terá direito a oito.
O resultado da eleição aponta ainda para uma perda de influência do presidente da Câmara sobre a bancada peemedebista. Em 2014, quando foi líder da bancada, e no ano passado, à frente da presidência da Câmara, Cunha capitaneou diversas derrotas ao Planalto, inclusive com a deflagração do processo de impeachment, mas perdeu forças diante do agravamento das denúncias contra ele na Operação Lava Jato.
Picciani, por outro lado, começou 2015 com uma postura mais crítica ao governo Dilma Rousseff. Eleitor do senador Aécio Neves (PSDB-MG) na disputa pela Presidência, o líder peemedebista se aproximou do Planalto com a abertura para indicar dois ministros para a Esplanada.
A aproximação de Picciani com o governo descontentou ainda mais a ala mais rebelde do partido quando ele indicou integrantes menos críticos a Dilma para a comissão do impeachment, que acabou desfeita.
Ele chegou a ser destituído do posto em dezembro por oito dias em uma articulação patrocinada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, e Eduardo Cunha, mas conseguiu reaver o posto com o apoio da maioria.

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