quarta-feira, 5 de junho de 2019

Museu de Arte que a UEPB desativou passa a ser administrado pela UNIFACISA através de comodato de 25 anos

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Uma parceria firmada, sem maiores divulgações, em agosto do ano passado entre a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Fundação Pedro Américo e Fundação Padre Anchieta vai garantir que o Museu de Arte Contemporânea (MAC), no bairro do Catolé em Campina Grande, reabra suas portas ao público. O convênio (comodato) que estabeleceu a cessão libera por 25 anos o prédio do museu, que passará a ser gerido pelas fundações, garantindo que o MAC seja reativado sem custos para a Universidade.
O Governo do Estado vai instalar entre os dias 12 a 30 deste mês de junho o Salão do Artesanato, no MAC, a 30ª edição do Salão do Artesanato Paraibano, cujo lançamento aconteceu nesta terça-feira (4), com uma meta audaciosa de movimentar mais de R$ 1,2 milhão com a comercialização de produtos feitos por artesãos da Paraíba. 
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Conforme os termos do convênio, caberá à UEPB fiscalizar todas as atividades administrativas relativas às atividades da parceria firmada. À Fundação Pedro Américo caberá toda a responsabilidade jurídica e financeira para a concretização de todos os objetivos descritos nas cláusulas conveniadas, incluindo contratação de pessoal técnico administrativo e de segurança, conforme as necessidades para o pleno funcionamento do equipamento cultural. Já a Fundação Padre Anchieta ficará responsável por prestar assessoria técnico-científica e cultural, colocando à disposição do MAC todo seu acervo histórico, cultural, informativo e documental.
O MAC foi inaugurado em junho de 2012. Quatro anos antes, a Instituição recebeu projeto e recursos, por intermédio de um contrato de repasse, para a construção do espaço, tendo sido a Secretaria de Planejamento e a estrutura de obras do Governo do Estado que gerenciou toda a construção. No entanto, já a partir do ano da inauguração do museu começaram a surgir dificuldades para assegurar a manutenção do equipamento, devido às muitas restrições orçamentárias impostas à UEPB, o que levou a Universidade a fechar temporariamente o museu em 2016 e, em dezembro de 2017, suspender seu funcionamento.
“Ao longo desse período vimos procurando alternativas que pudessem garantir a reabertura desse espaço. Não conseguimos êxito de apoio de setores privados importantes da economia paraibana, com financiamento objetivo que pudesse assegurar que o museu continuasse com controle pleno da Universidade. Entretanto, há um ano e meio iniciamos alguns diálogos essencialmente com o Dr. Dalton Gadelha e a partir dessas conversações surgiu uma possibilidade de parceria que envolvesse a UEPB, a Fundação Pedro Américo e a Fundação Padre Anchieta para que nós pudéssemos assegurar que esse patrimônio público fosse devolvido a sociedade em sua plena capacidade e até ampliando sua capacidade de oferta de serviços à sociedade”, destacou o reitor Rangel Junior.
Foto: Tatiana Brandão
Para o magno chanceler do Centro de Ensino Superior e Desenvolvimento (Cesed), Dalton Gadelha, as fundações e a UEPB se uniram para possibilitar que o museu volte a funcionar e ter vida longa servindo ao povo paraibano. “A Universidade continuará sendo proprietária do imóvel, dando a cessão para gestão das duas fundações. A Fundação Pedro Américo vai bancar todas as despesas com relação a manutenção do espaço e equipamentos do Museu de Arte Contemporânea, como também a ampliação de outras atividades, notadamente voltadas à tecnologia. Será uma convivência muito harmoniosa para promover a cultura e o desenvolvimento tecnológico de Campina Grande, do Estado da Paraíba e do Nordeste”, ressaltou.
Diretora presidente da Fundação Pedro Américo, Gisele Gadelha enfatizou que “vamos colocar esse equipamento maravilhoso para funcionar e trazer para a população a cultura, a música, a arte e a tecnologia. Nossos jovens estão precisando desse incentivo cultural para vivenciar um mundo diferente”. A partir de agora, as fundações farão o planejamento para a reativação do MAC. Segundo Dalton Gadelha, há a expectativa de que a reabertura do espaço seja com a exposição do Castelo Rá-Tim-Bum, sucesso de público em São Paulo, tendo sido prestigiada por mais de 4 milhões de pessoas. A data para reabertura oficial do MAC será definida ao longo do planejamento, mas a intenção é de reativar o museu o mais breve possível.

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