sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

'Centrão' chega a 315 deputados, Maia sinaliza aceitar pedido de impeachment e Bolsonaro diz que não convocou manifestação contra o Congresso e o STF

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O negócio é o seguinte: o famoso 'Centrão' - aglomerado de partidos de centro e de centro direita - vai aumentar mais ainda na Câmara dos Deputados. Passará a aglutinar 14 legendas, representando 351 dos 513 deputados (68%). Ou seja, o Supercentrão', como está sendo chamado, pode aprovar agora até emenda constitucional (a chamada maioria qualitativa). 
O 'Supercentrão' é composto por: Democratas, PSL, Avante, PL, PP, MDB, PSD, PSDB, Republicano, Solidariedade, PTB, PROS, PSC e Patriota. MDB e 'Tucanos' são as grandes novidades. Arranjo resultado da ineficiente articulação do governo Bolsonaro, que está na berlinda.
Pois, rumores de que Rodrigo Maia já acena para a possibilidade de aceitar um pedido de impeachment “bem fundamentado” começam a ganhar os corredores do Congresso, em Brasília. O jornalista George Marques tuitou a informação, assegurando mais de uma fonte e destacando a mudança de clima entre parlamentares.
A tensão gerada pelo apoio de Bolsonaro a manifestações anticongresso modificou os ânimos no legislativo, que se vê ameaçado de maneira inédita desde a redemocratização. 
A revista Fórum reforça a informação de George Marques: “em meio a essas articulações, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já haveria afirmado para mais de um interlocutor que estaria disposto a aceitar e dar encaminhamento a um processo de impeachment caso recebesse um pedido “bem fundamentado”. As informações são do jornalista George Marques, que cobre os bastidores do Congresso Nacional.”

George Marques
✔@GeorgMarques

"Em tempo, conta-se nos bastidores que nos últimos dias, a mais de um interlocutor, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que, se receber um pedido de impeachment bem fundamentado contra Bolsonaro, ele poderá aceitá-lo e dar encaminhamento ao processo."

Bolsonaro fala sobre o vídeo

O presidente Jair Bolsonaro mentiu em sua live transmitida nas redes sociais na noite desta quinta-feira 27 a respeito do polêmico vídeo compartilhado por ele por WhatsApp em que convoca atos para o dia 15 de março que pregam ataques ao Congresso e ao STF.
Na live, Bolsonaro disse que o chamamento foi para uma manifestaçeão de 2015, compartilhado por Bolsonaro. Antes, e já havia confirmado o compartilhamento do vídeo. “facada” da qual Bolsonaro foi alvo durante a campanha presidencial de 2018.
Abaixo, a reação da jornalista Vera Magalhães que deu a notícia em primeira mão sobre o compartilhamento do vídeo por Bolsonaro.

Vera Magalhães
✔@veramagalhaes

"O presidente @jairbolsonaro me atacou na live semanal e, antes, na porta do Alvorada. “Já que você é mulher, se eu falar qualquer coisa vão falar que eu estou agredindo as mulheres, tenha mais vergonha na cara”. "Eu tenho vergonha na cara, presidente. E espero o mesmo do senhor"

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