A reunião também contou com a presença do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, conforme revelou Guimarães em uma postagem nas redes sociais.
A reunião ocorre um dia após Lula se encontrar com o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e em um momento marcado por um impasse envolvendo o bloqueio de emendas parlamentares, determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto o "Centrão" pressiona pela liberação de verbas, o STF exige critérios rigorosos de transparência e rastreabilidade no repasse dos recursos.
De acordo com Guimarães, a reunião desta sexta-feira foi uma oportunidade para discutir "projetos para 2025". Contudo, a principal questão em pauta é a liminar concedida pelo ministro Flávio Dino, do STF, que suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão. Dino justificou sua decisão afirmando que a Câmara ainda não atendeu às determinações da Corte para assegurar maior controle e transparência na destinação das emendas.
Motta deve ser eleito o próximo presidente da Câmara em fevereiro. O deputado formou um arco de apoio que vai do PL ao PT e já soma mais de 480 dos 513 deputados. Ele vai substituir o deputado Arthur Lira (PP-AL) na cadeira. Hugo Motta é apadrinhado pelo senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional dos Progressistas, e por Arthur Lira.
Interlocutores do governo disseram que o clima foi “amistoso”, passou por diversos assuntos e que a reunião serviu para aproximar Motta e Lula.
Emendas parlamentares
Na última segunda (23), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino determinou a suspensão do pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão de 2024 – e mandou a Polícia Federal investigar a liberação desse valor. As emendas de comissão herdaram os recursos das emendas de relator, que ficaram conhecidas como Orçamento Secreto, depois que o STF tornou a rubrica inconstitucional.
A decisão de Dino incomodou os líderes partidários e Lira chegou a se encontrar com Lula nesta quinta. Durante a madrugada desta sexta, a câmara prestou esclarecimentos ao ministro na busca de destravar os pagamentos, o que não aconteceu, Em despacho na manhã desta sexta, Dino afirmou que a Câmara não respondeu aos questionamentos anteriores e deu prazo até as 20h para que a Casa preste novos esclarecimentos. (com Mterópoles)
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