sábado, 17 de junho de 2017

Soando como virgem de Sodoma e Gamorra, Joesley Batista diz que "Temer é chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil"

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De passagem pelo Brasil, o corruptor confesso Joesley Batista, dono do grupo J&F, falou à revista Época. Apresentou-se na entrevista como uma vítima de políticos achacadores. Nessa versão, se não distribuísse mimos e propinas os interesses do seu grupo empresarial seriam prejudicados. A tese da extorsão é cansativa e ofensiva. Ela cansa porque já foi usada à exaustão pelas empreiteiras pilhadas na Lava Jato. Ofende porque supõe que a plateia é feita de imbecis.
Em mais de quatro horas de conversa, precedidas de semanas de intensa negociação, Joesley explicou minuciosamente, sempre fazendo referência aos documentos entregues à Procuradoria-Geral da República, como se tornou o maior comprador de políticos do Brasil. Discorreu sobre os motivos que o levaram a gravar o presidente Michel Temer e a se oferecer à PGR para flagrar crimes em andamento contra a Lava Jato. 
Atacou o presidente, a quem acusa, com casos e detalhes inéditos, de liderar “a maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil” – e de usar a máquina do governo para retaliá-lo. Segundo o dono da JBS, a "organização criminosa” inclui Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves, Eliseu Padilha e Moreira Franco. "Quem não está preso, está no Palácio do Planalto", diz. “Essa turma é muita perigosa. Não pode brigar com eles. Nunca tive coragem de brigar com eles.” Por quê? “Para não armarem alguma coisa contra mim.” Há, hã… O problema dessa formulação é que, guiando-se por autocritérios, Joesley participa do enredo da rapinagem no papel de um anjo cercado de demônios.
Joesley contou como o PT de Lula “institucionalizou” a corrupção no Brasil e de que modo o PSDB de Aécio Neves entrou em leilões para comprar partidos nas eleições de 2014. O empresário garante estar arrependido dos crimes que cometeu e se defendeu das acusações de que lucrou com a própria delação. 

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