domingo, 13 de outubro de 2019

No Vaticano, onde acompanhou a canonização de Irmã Dulce, Mourão diz que Igreja e Brasil têm interesses comuns para a Amazônia

Depois de um encontro descontraído com o Papa Francisco, no Vaticano, por ocasião da canonização da Santa Dulce dos Pobres, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que estava acompanhado da esposa Paula Mourão, disse que a Igreja Católica e o governo do Brasil têm interesses comuns para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. As declarações foram dadas em entrevista à Rádio Vaticano, cujo jornalista Silvonei José lembrou que o Papa pediu para mandar um abraço ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Depois de destacar que o legado da primeira santa brasileira expressa a dedicação da sociedade civil ao auxílio das pessoas mais necessitadas, um dos pilares da civilização ocidental, Hamilton Mourão lembrou o histórico de trabalho conjunto entre a Igreja Católica e as organizações do governo na área da Amazônia. 
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“A Igreja chegou até as pontas das nossas fronteiras com desbravadores portugueses, e, posteriormente, com entidades do estado como o Exército, que está presente em todas as regiões da Amazônia. Igreja e governo, dentro da região Amazônica, têm interesses comuns e ligados especialmente ao desenvolvimento sustentável, ao apoio espiritual àquela população. E que a gente não tem que esquecer jamais é que eles tem que têm um método de vida e que nós temos que dar assistência técnica, capacitá-los para que vivam de forma coerente e de acordo com aquele meio ambiente”, declarou Mourão, ao responder sobre o Sínodo dos Bispos para a região Pan-Amazônica, no Vaticano.
O vice-presidente citou que o bioma representa 54% do território brasileiro, onde cabem 15 países da Europa, disse que o Brasil não abre mão do papel de proteção e preservação da Amazônia. “Nosso governo tem muito claro que é responsabilidade do Brasil preservar e proteger a Amazônia. E nós não podemos abrir mão disso. Sabemos dos problemas que ocorrem. Problemas muitas vezes ligados às ilegalidades que são cometidas, e então os três entes governamentais, governos federal, estadual e municipal, devem ter um trabalho conjunto com a participação, digamos assim, de forma pró-ativa, no sentido de que eventuais ilegalidades sejam combatidas”, disse o vice-presidente do Brasil.
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Comitiva de autoridades brasileiras
A comitiva de autoridades brasileiras foi acomodada à esquerda do altar, em espaço reservado para convidados não religiosos. O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB); os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP); da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ); o governador da Bahia, Rui Costa (PT); e o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM), estavam entre os presentes.
Mourão ressaltou a ligação de cerca de 190 anos entre a Santa Sé e o Brasil, desde D. Pedro I, ao ser um dos primeiros a reconhecer o país como independente. “É uma relação profícua e baseada nos princípios humanistas que regem a Igreja Católica e nosso país também”, descreveu.
O vice ainda revelou ainda sua boa impressão sobre o líder da Igreja Católica: “Papa Francisco é uma pessoa muito simpática e me fez uma pergunta muito difícil de responder: Quem era melhor, Pelé ou Maradona? [risos] Aí eu saí diplomaticamente e eu disse que eram os dois. Então foi um encontro interessante”
Mourão ainda disse que o nome escolhido para Irmã Dulce, Santa Dulce dos Pobres, é mais do que conveniente, diante de todo o trabalho extraordinário que essa mulher fez. “É uma mostra da força do catolicismo, da Igreja Católica no Brasil”, concluiu. Ao ser questionado sobre qual Brasil que foi representar no Vaticano, Hamilton Mourão lembrou que foi eleito com o presidente Bolsonaro em 2018 com os votos de 57 milhões de brasileiros.
Sobre o legado de Irmã Dulce, que transformou um galinheiro em um sanatório para pobres que se tornou o maior complexo de saúde pública do Estado da Bahia, Mourão disse que cabe aos que receberam esta herança dar continuidade à obra social, inclusivo ao poder público, com destinação de recursos, através dos governos de Salvador (BA), do estado da Bahia e do governo federal. Veja a entrevista completa publicada na agência de notícias oficial do Vaticano, Vatican News:

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