segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Efraim aposta em seis deputados deixando governo e que a oposição segue unida para 2026

Em entrevista nesta segunda-feira (21), ao programa Arapuan Verdade, o senador Efraim Filho (União Brasil) deu uma sacudida na classe política visando a sucessão de 2026. De cara, ele aposta que seis deputados estaduais devem deixar a base governista na Assembleia Legislativa insatisfeitos com condução de apoios do governador João Azevêdo na eleições deste ano. 

“Há uma expectativa de cinco ou seis deputados virem para a oposição e aí pode ter, por exemplo, um cenário na Assembleia de 19 a 17 deputados, se for para uma conta pura e simples”, declarou citando entre os insatisfeitos Júnior Araújo, Doutora Paula, Jane Panta, Galego Souza, Eduardo Brito e Luciano Cartaxo. 

Com relação à disputa eleitoral de 2026, Efraim afirmou que a oposição está unida e quem deve fazer o primeiro movimento no tabuleiro político é a base governista, que tem questões a definir. Ele se coloca como pré-candidato Governo, assim como o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (ficou em segundo na disputa de 2022) e o deputado federal Romero Rodrigues (menos provável por já ter desistido três vezes).

O senador deixou uma pitada de pimenta em sua fala para o final.  Citou o deputado federal Hugo Motta, que comanda o Republicanos no estado, o deputado Adriano Galdino, o vice-governador Lucas Ribeiro e até mesmo o secretário de estado Deusdete Queiroga. Esses quatros, atualmente, na base do governo.

Ao ser perguntado se poderia apoiar o nome de Motta ao governo, Efraim destacou a parceria com o deputado e que sim, poderia apoiá-lo, assim como poderia buscar o apoio do republicano caso decida ingressar na disputa de fato. Disse ainda que o União Brasil não vai fazer conta de apoio tomando por base, por exemplo, se o Republicanos ficará ou não no grupo do governador João Azevêdo (PSB).

“Não vou gastar energia fazendo um tabuleiro político com base nessa decisão [se o Republicanos romperá ou não]. Acho que a hora é de [a oposicao] jogar para dentro, de se fortalecer internamente”, analisou. Ele entende que o primeiro lance de xadrez do tabuleiro político de 2026 não seja da oposição, que está fazendo seu papel, “jogando unida”.

“O grande e primeiro lance de xadrez é saber qual é o movimento do governo. Governo sai ou governo fica? Se o governo sai ou fica, o PP assume ou não o governo? Se o PP não assumir o governo, vai ficar com raiva ou não vai? Se o PP assumir o governo, o Republicanos vai ou fica?”, deixou os questionamentos no ar.

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