Os médicos da Paraíba que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) irão
parar as atividades na próxima terça- feira (26), suspendendo cerca de mil
atendimentos em todo o Estado. Só na capital 400 procedimentos, entre
eles cirurgias eletivas e consultas, deixarão de ser feitos. A assistência de urgência e emergência, entretanto, será garantida.
Conforme o presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba (Sindmed),
Tarcísio Campos, a intenção é protestar contra a baixa remuneração e as
más condições de trabalho e de assistência oferecidas no âmbito da rede
pública de saúde. O movimento acontece em pelo menos 11 Estados (Bahia,
Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia,
Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Sergipe) do país. Em outros
Estados (Santa Catarina, Maranhão, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e
Santa Catarina), estão previstas a realização de manifestações públicas
em protesto contra a precariedade da rede pública.
As ações são coordenadas pela Comissão Pró-SUS, composta por
representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação
Médica Brasileira (AMB) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), em
consonância com as entidades representativas locais. Na Paraíba,
conforme Tarcísio, a categoria se reúne já no início da manhã em frente
ao PAM de Jaguaribe.
No local será realizada panfletagem para informar à população os
motivos da paralisação. Segundo a assessoria do Conselho Regional de
Medicina - Paraíba (CRM–PB), as secretarias de saúde e as
unidades da rede já foram notificadas do movimento. As reivindicações
incluem ainda recursos para a saúde, melhor remuneração para os
profissionais e estrutura de trabalho.
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