sexta-feira, 4 de julho de 2014

Após reuniões em Brasília, Lula e Dilma determinam intervenção para Paraíba desmanchando o apoio do PT a RC e impondo aliança com Vital.

A Executiva Nacional do PT acaba de encaminhar ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) resolução confirmando aliança com o PMDB no Estado. O que na prática trata-se de desmanche da decisão do diretório estadual do PT em apoiar a reeleição do governador Ricardo Coutinho (PSB), agora com uma batata quentíssima nas mãos. A notificação chegará ao diretório estadual nas próximas horas.
O próprio presidente estadual do PT, Charliton Machado, revelou que recebeu ligação do presidente nacional da legenda, Rui Facão, comunicando a decisão tomada lá em Brasília. Ele disse que ainda na noite de hoje a Executiva Estadual dos petistas irá reunir para definir como proceder diante dessa determinação superior. A ordem é que o partido formalize aliança com a candidatura do senador Vitalzinho (PMDB).
O ex-governador José Maranhão (PMDB), candidato ao Senado, no início da noite, recebeu uma ligação de Brasília confirmando a decisão. Ele estava circulando num dos shoppings de João Pessoa, ao lado do ex-governador Wilson Braga, do ex-vereador Marconi Paiva e assessores. A recomendação para intervenção no PT da Paraíba foi da presidente Dilma e do ex-presidente Lula, à executiva nacional. 
Vitalzinho vinha mantendo reuniões, desde terça-feira, com lideranças nacionais do PMDB e do PT com objetivo de tentar recuperar o apoio do PT paraibano para a sua candidatura. Ele chegou a se reunir com [caciques do PMDB] o vice-presidente Michel Temer, com o presidente do Senado Renan Calheiros e com o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp, além dos ministros Aloísio Mercadante (Casa Civil) e Ricardo Benzoini (Relações Institucionais). 
O próprio Valdir Raupp já vinha confirmando que a intervenção nacional poderia acontecer no PT da Paraíba. Na última segunda-feira (30), contrariando recomendação da executiva nacional, o PT formalizou aliança com o PSB indicando Lucélio Cartaxo, como candidato ao Senado, na chapa encabeçada por Ricardo Coutinho. Sem o PT, o governador ficou numa situação crítica para empinar a candidatura.

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