terça-feira, 21 de dezembro de 2010

RC critica nomeação de concursados feita por José Maranhão. E prestadores de serviços, dentre 16 mil contratados, recebem gratificações de até R$ 5 mil diz equipe de transição

Nesta terça-feira (21), o governador eleito Ricardo Coutinho (PSB) divulgou no microblog Twitter, os nomes escolhidos para ocupar as secretarias de Finanças, Planejamento, Receita, Administração e Controladoria Geral. São eles: Finanças: Aracilba Rocha e o Executivo será Bonifacio Rocha de Medeiros; Planejamento: Gustavo Nogueira (convidado); Receita: auditor Fiscal Rubens Aquino e o Executivo será auditor Fiscal Petronio de Oliveira Rolim; Administração: Gilberto Carneiro da Gama; e Controladoria Geral: Luzemar Martins e o Executivo, auditor fiscal Valter Viana.
O governador eleito criticou o fato de o atual chefe do executivo, José Maranhão, ter anunciado a convocação dos candidatos aprovados nos concursos da Secretaria de Saúde e para os cargos de agentes penitenciários. Ele questionou o momento desta medida ser adotada: "Por que ele não fez isso no mês passado para poder arcar com esse custo este mês? Não. Ele anunciou no dia 21 de dezembro para deixar a conta para o próximo Governo. Ele está sendo mesquinho, desrespeitoso com a população. Neste momento, eu lamento. Não é que eu não queira nomear os concursados, não. Eu tenho compromisso de convocar os concursados do governo Cássio. Mas, esse governo passou dois anos sem chamar ninguém e no dia 21 de dezembro descobre que tem que chamar. Essas pessoas deveriam tomar cuidado com a percepção da população. As pessoas têm um pensamento apurado sobre os fatos do cotidiano e também da política. Não se pensa no equilíbrio e se quer apenas fazer a disputa medíocre".
As declarações foram dadas durante entrevista coletiva concedida no escritório de transição, em Mangabeira, quando os secretários da área financeira foram apresentados à imprensa e puderam falar sobre suas metas. Na coletiva, Ricardo Coutinho frisou a necessidade de equilíbrio financeiro e transparência das despesas para todos. Para Ricardo, não adianta vender ilusões se o Estado não tiver equilíbrio financeiro. " A Paraíba chegou ao limite, tem muita coisa indevida e eleitoral e eu não me lembro de um momento na história deste Estado que chegamos a este ponto".
Já os secretários apresentados pelo governador eleito garantiram que mesmo com os poucos dados apresentados à equipe de transição, pode-se perceber que a Paraíba está com sérios problemas nas finanças, com o inchaço da folha e dívidas com fornecedores, problemas que serão sanados com trabalho e responsabilidade. Ricardo ressaltou que será complexa a tarefa de governar o Estado nas condições em que se encontra hoje. Citou como exemplo a situação em que a Cagepa se encontra atualmente, com disputas estabelecidades que comprometem a tarefa de abastecimento de água.
Revelação - Dois dos nomes indicados na tarde desta terça-feira (21) por Ricardo e que participaram da equipe de transição do governador eleito foram unânimes ao afirmar que o atual Governo não permitiu que alguns dados fossem fornecidos para a equipe. Das informações que chegaram até a equipe de transição, duas chamam a atenção pelos números: 16.801 prestadores de serviço foram contratados entre março de 2009 até hoje e existem prestadores de serviços que recebem gratificações de até R$ 5 mil, sendo que este tipo de remuneração é proibido pelo Tribunal de Contas do Estado.
Outra informação repassada por Luzemar Martins é que neste mês de dezembro 70% do orçamento do Estado será comprometido com a folha de pessoal, enquanto que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) obriga que esta porcentagem seja de 49%.

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