Este é, certamente, o Natal
mais tenso e triste para a tradicional família Cunha Lima. Em São
Paulo, onde está internado há mais de uma semana, para mais um
tratamento de saúde, o ex-governador Ronaldo Cunha Lima (PSDB), de 75
anos, enfrenta a mais dura batalha por sua vida, no Hospital Sírio
Libanês.
Ainda na Paraíba, a frágil saúde de Ronaldo Cunha Lima vinha inspirando redobrados cuidados,
nos últimos dois meses. Sob tratamento de um câncer descoberto em um de
seus pulmões, o político chegou a ser internado três vezes no Hospital
Unimed João Pessoa, após apresentar fortes dores em seu período de
abstinência do cigarro. A família
do ex-senador já foi informada pela equipe médica de que, desta vez, o
quadro se agravou como nunca tinha se apresentado em seu processo de
luta contra o câncer.
Com a saúde debilitada desde que, em maio de 1999, sofreu um Acidente
Vascular Cerebral (AVC), ainda no exercício de mandato de senador, o
organismo de Ronaldo Cunha Lima tem vivido altos e baixos. Um otimista
irrecuperável, mas também de natureza indisciplinada em relação às
orientações médicas, o poeta também registrou momentos de profunda
depressão por conta das limitações impostas pela doença.
Nesta sua última etapa de exames e tratamento em São Paulo,
foi detectada a presença de líquido na pleura do ex-governador, que teve
o pulmão submetido a várias drenagens. Preocupação constante passou a
ser a fragilidade nesse processo no tratamento do câncer, pois o
organismo inevitavelmente fica submetido a riscos de infecções.
Acompanhando o pai desde o início da semana, após tirar uma breve
licença do Senado Federal, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), em
companhia de outros familiares, tenta se mostrar esperançoso em relação à
reação do organismo do poeta, mas também está consciente de que o
quadro de saúde de Ronaldo enfrenta o momento mais duro, apesar de estar
sendo monitorado em um dos centros médicos mais avançados do mundo.
Todos pedem orações. (com MarcosAlfredo)
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