sexta-feira, 24 de maio de 2013

Secretaria Aparecida Alves afirma que ao assumir encontrou débitos de R$ 956 mil e apenas R$ 6.600 mil para pagar salários...

No início de suas explicações à Câmara Municipal, durante a sessão de ontem (23), sobre a situação em que se encontra o sistema municipal de saúde em Itaporanga, a secretária Aparecida Alves de posse de farta documentação, cuja cópias foram distribuída para todos os vereadores, disse que estava municiada para mostrar e provar o que demonstrava. "Dizer e não provar é o mesmo que não dizer. Então, com essa preocupação fiz um apanhado geral do que aconteceu e está acontecendo, contido nessas pastas que os senhores [vereadores] estão recebendo".
Para a secretária não era seu propósito estar ali falando da gestão passada, porém, segundo ela, "não existe presente sem passado". Dessa forma, ela informou ao plenário que havia encontrada a pasta com muitas dificuldades, entretanto, reconhecendo que "há algumas coisas andando muito devagar". Aparecida disse que se deparou, ao assumir o cargo, com um débito de salários na ordem de R$ 626 mil; débito com fornecedores no valor de R$ 154 mil; com INSS na casa de R$ 182 mil; totalizando cerca de R$ 956 mil. Em caixa, segundo a secretária, foram encontrados R$ 6.600 mil, destinado ao CEO (Centro de Especialidades Odontológicas), cujo dinheiro pode ser usado para pagar salário.
A gestora informou, também, ter encontrado em caixa R$ 169.448 mil, para a reforma da Unidade Básica de Saúde, cujo recursos ainda ainda se encontram lá; e R$ 53 mil do PSE (Programa Saúde na Escola). "Então, daquele débito inteiro, de quase R$ 1 milhão, eu só tinha R$ 6.600 mil pra pagar salário", afirmou Aparecida. Ela enumerou, ainda, que encontrara ao assumir: Três PSF's sem médicos; o PSF Alto das Neves desabando; O PSF Misericórdia Velha, com recursos bloqueados; Nenhum atendimento domiciliar; A Vigilância Sanitária sem existir e com recursos bloqueados; O SAMU, cuja construção licitada no valor de R$ 115 mil, construída fora dos padrões e com o teto pra desabar, sem reforço e com operadores de rádio dormindo no chão...
A secretária, ainda, enumerou que encontrou a Farmácia Básica sem médico nem farmacêutico credenciado;  sem farmacêutico também no CAPS; muitos veículos quebrados, etc. "Em fim, encontrei a casa desarrumada", afirmou. Ela disse que hoje todos os servidores recebem no mínimo um salário mínimo e se diz contrária a entrega de medicamento em domicílios. Reconheceu que os médicos não atende os cinco dias da semana nos PSF's devido o "SUS ser defasado no Brasil inteiro e em Itaporanga não poderia ser diferente". Aparecida informou que alugou um imóvel para o PSF Alto das Neves, colocou farmacêutico na Farmácia Básica e no Caps, um coordenador (nível superior) e dois ficais (nível médio) para atuar à frente da Vigilância Sanitária.
Aparecida, ainda, pontuou que na gestão passada servidores recebiam como remuneração R$ 100, R$ 200, R$ 300, etc. "Com muito esforço consegui pagar R$ 430 mil até o mês de fevereiro. Março e abril fizemos alguns pagamentos, mas ainda não conseguir reunir as folhas...", disse a gestora.

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