O paraibano Otacílio Cartaxo, ex-secretário de Finanças da Paraíba e ex-secretário-geral da Receita Federal, tem sido um dos principais alvos da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que apura fraude bilionária na Receita. Atual presidente do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), Cartaxo é acusado de patrocinar fraudes no julgamento de recursos de autuações.
Segundo a Polícia Federal o esquema montado a partir do Carf atuava para anular ou reduzir multas do Fisco. Instituições financeiras, empresas do setor automobilístico e indústrias pagavam propina para os conselheiros anularem ou reduzirem o valor de impostos. Decisões suspeitas reduziram ou anularam mais de R$ 5 bilhões, que eram cobrados das empresas. O rombo, segundo a PF, pode chegar a R$ 19 bilhões.
Cartaxo comandou a Receita Federal entre 2009 e 2011 e assumiu o Carf após o Governo mudar o regimento que proibia auditores aposentados de presidir o órgão. Otacílio esteve sob suspeita de fraudes em 2006, quando a Corregedoria da Receita suspeitou de movimentações financeiras, já que ele declarava ter altas somas em dinheiro guardadas em casa e ter recebido e doado quantias superiores a seu salário.
A investigação foi arquivada, por falta de elementos. Mas, diante de novos indícios, Cartaxo voltou a ser algo. No dia que a Polícia Federal fez buscas na casa de seu genro, o advogado Leonardo Manzan, ex-conselheiro do Carf e investigado na Zelotes, encontrou e apreendeu R$ 800 mil em espécie. (Mais em http://goo.gl/8IZWF0.)
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