Considerado o principal depoimento realizado até agora pela CPI da Petrobrás na Câmara, a fala do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, começou em meio a um tumulto e bate-boca entre parlamentares. Antes de Vaccari iniciar sua exposição com tom professoral, sobre doações partidárias, deputados da oposição articularam uma confusão para marcar a chegada do petista à CPI.
Logo após a entrada de Vaccari, na oitiva desta quinta-feira (9), cercado por seu advogado e uma dezena de parlamentares petistas para demonstrar força e apoio interno, um homem abriu uma caixa e seis ratos no plenário da CPI. O ato irritou os petistas. O homem foi levado por agentes da Polícia Legislativa. O presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), pediu que os envolvidos sejam identificados.
O deputado Jorge Solla (PT-BA) acusou o deputado delegado Waldir (PSDB-GO) de ser o responsável pelo episódio. O tucano reagiu e eles bateram boca: "Acabei de ser acusado e quero que ele prove isso. Não estou armado aqui. Vou processar ele. Gostaria de estar com algema para prender bandidos aqui". Os dois trocaram gritos de "bandido é você".
Vaccari está sendo processado por lavagem de dinheiro pelo Ministério Público Federal é é apontado pelos delatores do esquema de desvio de dinheiro da Petrobrás como arrecadador de propinas de empresas contratadas pela estatal. Ontem, Vaccari conseguiu no STF que pudesse não responder a perguntas na comissão. O receio dos petistas era de que algum deputado tentasse dar voz de prisão ao tesoureiro do PT. (com Folha)
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