quarta-feira, 5 de julho de 2017

Lira é escolhido novo líder do PMDB no Senado com a missão de "unir" a tropa

O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) foi escolhido nesta terça-feira (4) o novo líder do partido. A informação foi dada pelos senadores Romero Jucá (RR), Renan Calheiros (AL) e Kátia Abreu (TO), após reunião da bancada. No posto, Raimundo Lira terá a missão de "unir" e "harmonizar" a bancada do partido, a maior do Senado, com 22 parlamentares.
Raimundo Lira substitui na função Renan Calheiros (AL), que deixou o posto de líder na semana passada. Renan anunciou na última quarta-feira (28) que havia decidido deixar a liderança por não ter "a menor vocação para marionete" do governo. Ao anunciar a saída, Renan fez duras críticas a Michel Temer e afirmou que não "tolera" a postura "covarde" do presidente diante do "desmonte" das leis trabalhistas.
Por se tratar do partido de Michel Temer, os peemedebistas passaram a buscar nos últimos dias um perfil que tivesse bom relacionamento com o presidente e que apoiasse as reformas trabalhista e da Previdência Social. Após ter sido escolhido novo líder da bancada, Raimundo Lira disse que vai buscar representar a vontade da maioria dos integrantes da legenda, respeitando as posições divergentes.
"A minha responsabilidade ficou muito grande. O PMDB é o partido da redemocratização, da resistência e, portanto, um partido plural. Nós temos a convicção de que não vamos liderar uma bancada de pensamento único. São 22 senadores, cada um com um pensamento. Nosso objetivo é harmonizar a bancada", declarou. Renan elogiou a escolha da bancada. "Acho que [Raimundo Lira] é um nome que sistematiza a variedade de correntes do PMDB", disse.

Impeachment de Dilma

No ano passado, Raimundo Lira presidiu a comissão especial do Senado que analisou o impeachment da então presidente Dilma Rousseff. À época, o senador afirmou que o momento político que o país vivia era "histório, de importância ímpar". Quando o impeachment foi votado no plenário, Raimundo Lira votou a favor da cassação do mandato de Dilma.

Nenhum comentário: