quinta-feira, 18 de abril de 2019

Governo anula eleição e destitui presidente Sebrae na luta pelo comando do Sistema S (orçamento R$ 18 bilhões). "Eles arrecadam muito, destinam pouco pra educação e usam o restante pra financiar campanha política", diz Guedes.

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O Governo Bolsonaro conseguiu destituir do cargo, nesta quarta-feira (17), o presidente (e demais membros da diretoria) do Sebrae Nacional, o piauiense João Henrique de Almeida Sousa, que foi eleito em novembro do ano passado e empossado em janeiro para um mandato de quatro anos. A ela econômica do governo pretende anular as eleições para as direções estaduais do Sebrae, também realizada em dezembro.
A manobra é vista como uma ação do governo para esvaziar Sistema S, composto de entidades autônomas como Sesi, Senac, e o próprio Sebrae. O ministro da Economia Paulo Guedes contou com o apoio de 11 dos 15 membros do Conselho Deliberativo Nacional (CDN), liderados por Rio de Janeiro e São Paulo, para derrubar João Henrique. Guedes indicou para o comando da entidade o ex-deputado Carlos Melles (DEM-MG).
Paulo Guedes trava uma luta para assumir o comando de um orçamento de quase R$ 18 bilhões (do Sistema S), somente o Sebrae tem um orçamento anual de R$ 3,3 bilhões, e poder usar esse dinheiro no custeio de projetos do governo. Segundo o ministro da Economia, as entidades do Sistema S arrecadam recursos, destinam pouco dinheiro para educação e usam o restante para financiar campanhas políticas e comprar apoio para aprovar leis favoráveis.
Além de criticar o sistema S, Guedes voltou a culpar os encargos trabalhistas pelo desemprego. Segundo ele, o Brasil tem 36 milhões de pessoas que não contribuem para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) porque um trabalhador com carteira assinada custaria ao empregador o salário de dois. "O modelo econômico é ruim e se esgotou. Temos de reformá-lo. Os encargos trabalhistas são armas de destruição em massa de empregos", afirmou.

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