quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

João diz que contrários a seu governo devem entregar cargos: "Muita gente não teve a coragem de entregar os cargos. A primeira atitude era dizer: tá aqui os cargos, por isso e isso, e acabou"

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O governador João Azevêdo defendeu nesta quarta-feira (4), durante passagem por Campina Grande, que os membros da sua gestão que forem contrários à mesma devem entregar os cargos. Ele afirmou que muitos se mantiveram em suas posições após a crise do PSB, mesmo boicotando o Governo.
João inaugurou no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, o Centro Integrado Multiusuário de Referência em Saúde da Paraíba. O investimento de R$ 2 milhões é destinado à impressão 3D e ao processamento de imagens médico-odontológicas de ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, mamografia e raios-X e a impressão tridimensional de biomodelos para planejamento cirúrgico na área de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial, ortopedia, cirurgia torácica e neurocirurgia.
“Muita gente se manteve no governo mesmo boicotando o governo e não teve a coragem de entregar os cargos. Essa era a exigência primeira. A partir do momento que discordo de uma forma seja qual for de alguém que está governando o Estado, a primeira atitude que deveria ter enquanto ser político era dizer, ‘tá aqui os cargos, por isso e isso, e acabou’, mas as pessoas se prendem muito a cargos e salários”, afirmou.
João disse que não sente mágoas do ex-governador Ricardo Coutinho, que desferiu duras críticas ao seu mandato e à sua figura como político. Em vez de magoado, o governador disse estar decepcionado com o ex-aliado.
“Não tenho mágoas de ninguém, meu coração não tem espaço para isso não. Eu tenho decepção, decepção na vida a gente tem, mas a vida é assim. A cada momento você é solicitado a recomeçar, e quanto você recomeça, tem que recomeçar com disposição, ânimo, é aquilo que se apresenta no momento. Saio do PSB com a consciência tranquila, absolutamente tranquilo de que tudo que nós construímos nos últimos anos, porque participei dessa construção, eu dei continuidade”, comentou.
O PSB da Paraíba apontou a alcunha de traidor para João, em nota lançada ontem. Hoje, Azevêdo rechaçou a pecha, e disse que ‘pessoas dos maiores cargos do PSB’ tentaram inviabilizar a sua gestão durante este ano.
“Eu não me sinto traidor, esse é o problema, não faço essa leitura até porque sei exatamente quais os motivos que me levaram a deixar esse partido. Durante um ano, pessoas dos maiores cargos do PSB tentaram inviabilizar essa gestão e você não da pra entender porque, afinal de contas foi um governo construído com um objetivo. Se alguém imaginava que ia continuar governador do estado a vida toda, aí é outra coisa”.

Eleições 2020
Por fim, João Azevêdo marcou a sua posição política para as eleições de 2020. Ele confirmou que apoiará candidatos e aproveitou para afastar a tese de que esteja pensando na reeleição em 2022.
“Teremos [candidatos em Campina Grande e João Pessoa]. Eu nunca disse em momento nenhum que estaria colocando 2022, mas Maquiavel já ensina que a melhor maneira de você atacar alguém é você inverter a posição. Talvez as pessoas, esse golpe que foi dado no PSB, talvez desconfiassem que não teriam legenda, e quiseram colocar hoje em João Pessoa e 2022. Jamais coloquei 2022 na mesa, até porque estamos construindo esse projeto agora. Estamos iniciando a gestão. Estamos exatamente contribuindo para a Paraíba. o processo de discussão para 2022 está muito longe”, pontuou.

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