sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Gaeco protocola nova denúncia contra Ricardo Coutinho na Operação Calvário por recebimento de propina para compra de casa em condomínio de João Pessoa

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB) denunciou mais uma vez o ex-govenador Ricardo Coutinho na Operação Calvário. Dessa vez, Ricardo é acusado de receber propina na aquisição de produtos agrícolas, possibilitando a compra de uma casa de condomínio em João Pessoa, segundo dados obtidos pelo ClickPB.

Foram citados nesta denúncia os irmãos Raquel Vieira Coutinho e Coriolano Coutinho, além de Denise Pahim, Ivanilson Araújo, Anelvina Sales Neta e o filho de Ricardo, o Rico Coutinho.

Os desvios teriam ocorrido através dos contratos firmados entre o Governo do Estado e empresas fornecedoras de produtos agrícolas, nas gestões de Ricardo Coutinho, de 2010 a 2018, sendo  o último ano da segunda gestão a época de compra do imóvel milionário. A casa comprada foi avaliada em R$ 1,7 milhão, no Portal do Sol. Rico foi denunciado que responsável por simular a compra da casa na intenção de ocultar a origem do patrimônio.

De acordo com a denúncia, "se constatou que IVANILSON ARAUJO, por meio de suas empresas e através de ANELVINA SALES NETA, repassava propinas para RICARDO VIEIRA COUTINHO, por meio de RAQUEL VIEIRA COUTINHO, CORIOLANO COUTINHO E DENISE KRUMMENAUER PAHIM. Revelou-se ainda que RICARDO CERQUEIRA LEITE VIEIRA COUTINHO (Rico, o filho) simulou a compra de um imóvel de propriedade do pai, RICARDO VIEIRA COUTINHO, visando a ocultação da origem ilícita do patrimônio deste."

Os pagamentos de propina eram repassados a Ricardo Coutinho através de transferências feitas por seus irmãos, também conforme a denúncia. Ivanilson e Anelvina são apontados como membros das empresas Rural Representações e Santana Agroindustrial, que fraudavam o processo licitatório para que o Grupo Santana sempre vencesse.

O Gaeco pede, na denúncia, R$ 7.390.208,00 milhões de confisco e reparação dos danos morais e materiais. Os mais de sete milhões totalizam os pagamentos de propina que teriam sido feitos a Ricardo Coutinho através de seus familiares.

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