quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Romero admite aliança com João, diz que sempre foi fiel aos Cunha Lima, inclusive, quando teve de apoiar Cozete e RC em nome de Cássio; mas, diz que joga "sem dar bola nas costas". Confira:

O saldo que se pode tirar da reunião ocorrida na noite passada, em Brasília, com a cúpula tucana é que o ex-prefeito Romero Rodrigues (PSD) saiu de lá com caminho pavimentado para aliança com o governador João Azevêdo (Cidadania), deixando atordoada uma oposição sem norte.

Enquanto se desenrolava a reunião, a TV Itararé de Campina Grande veiculava entrevista (gravada a tarde ao Programa Ideia Livre) em que Romero fala sobre o assunto, inclusive, admitindo pela primeira vez o enlace com João. 

Romero deixou claro que confirmada a aliança, ele sairá candidato a vice-governador na chapa de João Azevêdo. A vaga de senador será do deputado federal Aguinaldo Ribeiro que junto com o prefeito Cícero Lucena (JP) e a senadora Daniella Ribeiro são os fiadores da aliança.

Romero criticou o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) por causar uma pressão externa com a divulgação da reunião e disse que combinado era de ser uma "reunião secreta", não dando declarações antes do encontro - fazendo referência à pressão de Pedro (com quem mostrou-se irritado). 

Sobre o passado de oposição à João, Romero definiu que "só doido tem ideia fixa". "Não tenho ideia fixa e posso ser convencido com bons argumentos", respondeu sobre as declarações dos tucanos de não segui-lo na aliança com o governador.

Em outra parte da entrevista, Romero revelou que uma operação da mídia foi feita para taxá-lo de "traidor". Ele ressaltou que sempre foi "leal, correto e solidário" ao grupo Cunha Lima por décadas e que tentar uma "conciliação" é uma virtude bíblica ao se referir à aliança com João.

Romero citou os apoios que não ele concordava a Cozete Barbosa (PT), vice de Cássio (em 2000), e Ricardo Coutinho (PSB), para o governo articulado por Cássio (em 2010). Da mesma forma que seguiu o grupo ali, agora, ele propõe uma "pacificação" em nome da Paraíba. 

Perguntado, então, sobre como ficaria a relação com o grupo liderado pelo ex-senador Cassio Cunha Lima em uma eventual composição sua com o governo, em trocadilho com o futebol, Romero afirmou que está jogando "sem imposição, de forma coletiva, pensando no conjunto e sem dar bola nas cotas". 

Romero, ainda, revelou que a proposta de aliança com Joao Azevêdo lhe foi trazida pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, e que colocou o assunto para Cássio e Bruno, prefeito de Campina Grande. "Vou trabalhar na base do convencimento, sem agressividade", disse. 

Ele ponderou que tem dificuldades de se aliar ao ex-senador Veneziano (MDB), por conta da política local em Campina Grande, e fez mais uma revelação sobre a possibilidade de filiação da senadora Daniella Ribeiro e do deputado Aguinaldo ao PSD, no caso de Bolsonaro se filiar ao Progressista. 

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