Em reunião realizada nesta quinta-feira (6), na sede da Secretaria de
Estado do Planejamento e Gestão (Seplag), empresários paulistas
apresentaram a representantes do Governo do Estado o projeto de
implantação da usina de energia temo solar Coremas I, no município de
Coremas. O
investimento inicial é de R$ 300 milhões, com geração de 1,5 mil
empregos diretos na região. O projeto, que consiste em um sistema de
geração de energia via fonte solar e biomassa, garante à Paraíba a
condição de primeira localidade da América Latina a possuir uma usina
dessa natureza.
Para o titular da Seplag, Gustavo Nogueira, trata-se de um
investimento de importância singular para a Paraíba, uma vez que está
focado na exploração de uma fonte de energia renovável (energia solar),
com um contorno de inclusão social e produtiva. O secretário do Turismo e Desenvolvimento Econômico, Renato
Feliciano, salientou que a palavra de ordem, a partir de agora, é o
trabalho em conjunto. “Seguiremos uma linha só, para que o investimento
se concretize no Estado da Paraíba, mais precisamente em Coremas”.
A diretora-presidente da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba
(Cinep), Margarete Bezerra Cavalcanti, reforçou as afirmações de
Nogueira e Feliciano e ressaltou que, em seis meses, as definições do
projeto serão concluídas. “O Governo tem interesse no projeto, portanto,
estará no mesmo compasso dos empresários”, disse.
Desenvolvimento – Segundo o prefeito de Coremas,
Edilson Pereira de Oliveira, o maior ganho para a cidade será o
desenvolvimento econômico. “Os recursos provenientes do pagamento de
impostos, pela usina, serão destinados, prioritariamente, para a
melhoria de equipamentos nas áreas de educação e saúde”, disse. De acordo com Edmon Farahat, sócio-diretor da empresa paulista Rio
Alto Energia, responsável pelo projeto, inicialmente a usina terá
capacidade para produzir 50 megawatts de energia, mas a intenção é
expandir esse potencial para 150 megawatts, em um prazo de até oito
anos. “O projeto vai mudar o cenário dessa região, no que se refere a
desenvolvimento”, afirmou.
Ele disse ainda que a cidade de Coremas foi escolhida com base em
estudo realizado sobre a incidência da radiação solar naquela região – o
que é ideal para o rendimento de uma usina de energia solar. Além
disso, conforme explicou, em Coremas há facilidade de acesso à água e o
município dispõe de uma subestação, que foi feita para uma Pequena
Central Hidrelétrica (PCH), instalada no açude daquela cidade, e que
está sendo subutilizada. “Essa subestação tem condições de receber toda a
energia que será gerada”, completou.
Rafael Brandão, também sócio-diretor da Rio Alto Energia, disse que a
licença de instalação já foi obtida e a construção da usina já foi
iniciada, em uma área de 400 hectares. “Estamos aguardando as liberações
financeiras. Só falta a venda de energia, por meio de um possível
leilão organizado pelo Ministério das Minas e Energia”, informou. Ele
disse que a energia será vendida para a Eletrobrás, havendo ainda
possibilidade de venda para um grupo privado.
Brandão destacou também que, como complemento à energia solar, a
empresa utilizará o bagaço do coco para produzir energia. “Faremos um
estudo utilizando o resíduo de coco na região, em um raio de 80
quilômetros. Já iniciamos discussões com o BNDES para auxiliar na parte
social, na geração de empregos diretos (além das 1.500 vagas iniciais),
também na parte da estufa, que será construída após a conclusão da obra
da usina”, informou.
Participaram da reunião os secretários Gustavo Nogueira (Seplag) e
Renato Feliciano (Setde); a diretora-presidente da Cinep, Margarete
Bezerra Cavalcanti; o diretor de Desenvolvimento Econômico da Cinep,
Juliano Gorski; o prefeito de Coremas, Edilson Pereira, e o professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Pedro
Sabino. (com Secom)
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