Irregularidade na pavimentação da BR-361 (entre Patos e Itaporanga) será investigada
Vem de Brasília (DF) a informação que a Controladoria Geral da União (CGU) vai abrir processos administrativos para investigar a atuação na Paraíba da Construtora Delta, cuja empresa teria celebrado contratos para realizar obras em rodovias paraibanas. A investigação é sobre suposto envolvimento com o empresário Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo.
A indicação para a superintendência do Dnit é política e na última década chefiaram o órgão no Estado nomes referendados pelo deputado federal Wellington Roberto (PR) e o ex-senador Wilson Santiago (PMDB). O atual superintendente engenheiro Gustavo Adolfo, indicado pelo deputado, substituiu o itaporanguense Expedito Leite, indicado pelo ex-senador. O advogado Expedito Leite deixou o cargo em abril de 2010, após quase oito anos, para se candidatar a deputado estadual e, no momento, é pré-candidato a Prefeitura de Itaporanga nas eleições deste ano.
A CGU vai apurar irregularidades da construtora em obras em nove estados brasileiro, dentre os quais a Paraíba. São falhas como pagamento de serviços fora do segmento contrato e pagamento de serviços inexistentes, através de contratos firmados entre a Delta/Dnit de números: 130002/05 (BR-110), 130010/06 (BR-361) e 130011/06 (BR-110), rodovias que fazem divisas com a Paraíba, onde foram gastos R$ 5,4 milhões.
Na linha de investigação da CGU vai estar: divergências entre o quantitativo informado na medição e o verificado "in loco"; discrepância entre as localizações do areal e do acampamento informados e as efetivamente verificadas "in loco"; fiscal designado um mês após a assinatura do contrato; ausência de relatórios fotográficos nos processos de medições apresentados; veículos disponibilizados, conforme previsão contratual, não localizado e outros contratos formalizados para execução de obras.
TCU já havia pedido esclarecimento sobre irregularidades na BR-230
Em agosto do ano passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) já havia determinado audiência para que responsáveis pudessem prestar esclarecimentos sobre indícios de irregularidades nas obras de duplicação da BR-230, trecho João Pessoa/Campina Grande 9do km 35,6 ao km 147,9). Que poderiam ensejar a não aprovação das contas dos convênios, bem como dos termos de recebimento definitivo das obras, "mormente com relação à degradação precoce da condição estrutural da rodovia, acarretando possível dano ao erário estimado em R$ 24,8 milhões..."
Nenhum comentário:
Postar um comentário