Morreu por volta das 15h30 desta segunda-feira, 11, na UTI do Hospital da Unimed o renomado médico pediatra Paulo Soares Loureiro, de 80 anos. Ele estava internado desde o último sábado, 8, quando havia sofrido uma broncoaspiração e foi levado para atendimento médico. O velório de Paulo Soares será realizado a partir das 10 horas da manhã desta terça-feira, 12, no Cemitério Parque das Acácias, onde deve acontecer também o sepultamento.
Natural de Itaporanga, Paulo Soares era graduado em medicina pela Universidade Federal da Paraíba, pós-graduado em Pediatria no Instituto Martagão Gesteira da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro – além de ter Residência em Neonatologia no Departamento de Pediatria da Universidade de São Paulo. Ele também atuou como professor de Pediatria pela UFPB, Médico do Ministério da Saúde, Médico do Programa da Saúde da Família, Chefe dos Médicos Residentes do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Chefe do Departamento Materno Infantil de Medicina da UFPB, Chefe do Berçário da Casa de Saúde Roberto Granville (João Pessoa), Chefe do Berçário da Casa de Saúde Ceslau Gadelha (Santa Rita), Diretor da Casa de Saúde da Luz (Guarabira), e Chefe de Pessoal da Secretaria do Estado da Paraíba, em Itaporanga. Em cargos públicos de saúde do município de João Pessoa, assumiu a Presidência da Fundação de Saúde (Fusam). Foi deputado estadual e ainda recebeu os títulos de Cidadão Pessoense, Cidadão Boaventurense e a Medalha Epitácio Pessoa, mais alta comenda outorgada pela Assembléia Legisativa.
Quando estudante de Medicina, Paulo e um grupo de amigos decidiram criar a Comissão de Planejamento e Execução de Assistência ao Indigente (Copeal), fundada nos anos 60. Eles davam assistência na Casa Padre Zé (atual hospital Padre Zé), uma casa velha sem as mínimas condições de moradia em que eles alojavam os pacientes do interior do estado que não conseguiam internamento nos Hospitais de João Pessoa – eram os indigentes.
Com o aumento do número de pacientes e a falta de condições mínimas para continuarem o trabalho, o grupo capitaneado por Genival Guerra procurou Soares Madruga (irmão de Paulo e então diretor do Correio da Paraíba), e através da imprensa (O Norte, A União e a Rádio Tabajara) mobilizaram o Governo Estadual, o Municipal e a sociedade, com ajuda do engenheiro Franciralde Loureiro, construíram um verdadeiro Hospital, que Padre Zé em sua homenagem denominou de “Hospital Genival Guerra”. Depois do falecimento do Padre Zé, a Diocese de João Pessoa, que assumiu a direção do Instituto passou a denominá-lo de Hospital Padre Zé.
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