O secretário disse ainda que a crise da saúde na Paraíba não é culpa exclusivamente dos municípios, mas sim da falta de uma pactuação entre o Governo Federal, Governo do Estado e prefeituras municipais. “Os municípios passam por grandes dificuldades, uma vez que vivem administrando a saúde exclusivamente com recursos do governo federal e isso acaba gerando grandes problemas para a população”, comentou em plenário.
Hospital de Trauma
Cooperativas
Sobre a negociação com as cooperativas médicas, Waldson disse que o governo encontrou uma pendência no pagamento dos médicos desde agosto do ano passado, e que elas trabalhavam sem contrato regularizado perante a Secretaria de Saúde. “Nenhuma cooperativa tinha contrato com o Estado. O trabalho era fruto de acordo firmado com outros governos, mas sem regularização. Hoje a situação é outra e esses contratos já foram regularizados”, comentou.
Infraestrutura
Durante a sua explanação, o secretário ainda prometeu investimentos na área de infraestrutura, a exemplo da reforma e ampliação do Hospital Regional de Patos e da Maternidade Arlinda Marques, que segundo ele, passará a oferecer cirurgias de alta complexidade. Waldson reconheceu que existem problemas pontuais e isolados no Estado e que estão sendo solucionados a curto, médio e longo prazo. “Estamos trabalhando para melhorar a saúde da Paraíba e vamos conseguir na base do diálogo com a população”, frisou o secretário.
Discordância dos deputados
Propositor da sessão especial, o deputado estadual Aníbal Marcolino (PSL) desmentiu em plenário o secretário Waldson de Souza e disse que o governo Maranhão, na gestão do ex-secretário de Saúde, José Maria de França, deixou um saldo positivo de R$ 35 milhões em caixa, mais R$ 29 milhões a receber, fruto da dívida dos municípios com o Estado na área de saúde.
“Ele (o secretário, Waldson de Souza) disse uma inverdade, que existia um débito e eu provei através de extrato bancário que o governo anterior deixou R$ 35 milhões em caixa e ainda R$ 29 milhões a receber dos municípios que tinham pactuação com o Estado. Para você ter uma ideia, desse total só João Pessoa devia R$ 6 milhões por prestação de serviços no Arlinda Marques, na Frei Damião e no Hospital de Trauma e no Clementino Fraga”, acusou o deputado.
“Tem perguntas que ficarão sem respostas, a exemplo da perseguição de servidores efetivos, funcionários com mais de 20 anos de serviço que foram devolvidos a Secretaria de Saúde simplesmente porque assumiram cargos de chefia e coordenação na gestão passada. Eles estão indo apenas assinar o ponto, mas sem trabalhar. Estamos vivendo uma época de terrorismo”, disse.
Sem ações efetivas
O deputado estadual Luciano Cartaxo (PT) criticou a ausência de ações concretas no discurso do secretário Waldson de Souza. Segundo o parlamentar, o secretário apenas repetiu os números apresentados pelo governador nos 100 dias de governo, sem apresentar medidas efetivas para a saúde. “Ele utilizou 90% do seu tempo na tribuna para falar do diagnóstico, de como encontrou a saúde, de números, dados, dívidas, no entanto, apenas em 10% ele tratou da questão objetiva. Então isso demonstra que o secretário parece que não assumiu a pasta. É aquela mesma ladainha, apresentando números que já foram discutidos pelo governador nos 100 dias. Nós precisamos discutir ações reais e concretas para a saúde da Paraíba e não continuar nessa política de olhar para trás e jogar a culpa no governo passado”, comentou Cartaxo. (wscom)
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