Direto de João Pessoa - Um rapaz de 33 anos morreu após invadir a Igreja de São Sebastião, em Catingueira (PB), durante a missa realizada na noite desta segunda-feira (9). Edmilson Jovino da Silva agrediu o padre Fabrício Dias com um soco no rosto e tentou atacá-lo com uma haste metálica de um ventilador.
Jovino ainda teria destruído peças sacras e passado mal na praça diante da igreja. Desmaiado, ele foi levado por um primo até o Hospital Regional de Patos (PB), mas chegou morto. Os médicos não fizeram o atestado de óbito sob a alegação de que ele não havia passado por cuidados médicos no local. O primo, então, voltou para Catingueira e providenciou o velório de Jovino, que foi feito nesta terça-feira (10) na casa da família, mesmo sem o documento que comprova a morte e a causa dela.
O delegado Hugo Pereira Lucena, ao tomar conhecimento do fato, foi até o velório e interrompeu a cerimônia na tarde desta terça-feira. "Tive de fazer isso, pois não havia atestado de óbito. O corpo não foi analisado para sabermos as causas da morte. As testemunhas que estavam na praça disseram que ele passou mal, que teve um infarto, mas não temos comprovação disso."
Lucena disse ainda que o corpo do rapaz foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML) de Campina Grande (PB), onde será feito o laudo necroscópico. "A família ficou triste com a interrupção do velório, mas não tinha o que fazer a não ser levar o corpo para o IML. Eles, mesmo entristecidos, colaboraram com a polícia para a retirada do corpo da casa". O delegado disse que o padre agredido não registrou queixa na polícia. "Ele só nos informou que foi agredido no rosto e que queria tomado ciência da morte do rapaz depois, quando populares lhe contaram o que tinha ocorrido do lado de fora da igreja", afirmou Lucena.
Em contato com familiares de Jovino, o delegado disse que obteve a informação de que o rapaz já tinha tentado agredir outros padres. "A família me disse que o rapaz tinha problemas intelectuais e já tinha protagonizado outras situações de agressões contra padres. Eles não sabem informar os motivos que o levavam a fazer isso", disse. (G1)
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