sexta-feira, 19 de julho de 2013

Douglas denuncia utilização de ambulância como "táxi particular" e Euda rebate dizendo que "o médico achou por bem fazer o procedimento"

Na segunda rodada do debate promovido pelo PB Notícias com relação aos "caos" no funcionamento do SAMU no Vale do Piancó, o coordenador da Base de Itaporanga colocou mais lenha na fogueira ao confirmar denúncia, feita por um ouvinte no dia anterior, de que ambulâncias do SAMU estão servindo de táxi particular para transportes de pacientes sem estado de emergência ou urgência.
A denúncia se referia a autorização dada semana passada pela central de regulação para que uma ambulância da Base de Itaporanga procedesse encaminhamento, mesmo sem consentimento da coordenação local, de um paciente do município de Pedra Branca para o Memorial São Francisco, em João Pessoa, à pedido do prefeito daquele município e com o aval da coordenadora da central. 
Douglas afirmou ter recebido a solicitação mas não a autorizou porque o paciente não se enquadrava em caso de emergência nem urgência e, pior, sem ter sido nem medicado pelo médico. No entanto, segundo ele, a central de regulação não quis conversa e determinou que a ambulância da Base de Itaporanga atendesse o pedido ficando a população itaporanguense desguarnecida do serviço. 
"Isso é um absurdo. Proceder com encaminhamento de um paciente que nem medicado estava quando a região sofre com a deficiência do serviço. Por isso, não concordei com a transferência, mas a central determinou que a ambulância assim procedesse, utilizando-a como táxi particular de paciente", denunciou Douglas. 
Por sua vez, Euda Ayalla disse ter sido contatada sobre a situação e orientou o prefeito a ligar pro 192. "Orientei que ligasse pro 192 e, então, o médico regulador achou por bem autorizar o encaminhamento. Inclusive, você [Douglas] foi grosseiro com o médico", esclareceu Euda. "Fui grosseiro do mesmo jeito que ele foi comigo", rebateu Douglas. "Só que agente não pode discutir com médico, não", treplicou Euda ao disparar: "Se você [Douglas] assumisse seu trabalho com responsabilidade casos deste tipo não ocorriam".
"Como posso aceitar uma transferência aonde um médico não fez qualquer medicação apenas pegou o paciente, que não apresentava qualquer quadro grave de saúde, colocou-o na ambulância e o levou pra João Pessoa, utilizando a ambulância como um táxi particular de paciente", devolveu Douglas confirmando a denúncia. 
Em todo caso, trata-se de um caso grave que merece investigação por parte do Ministério Público para se punir os responsáveis por brincar com uma coisa tão séria que é a saúde da população. Pois, uma ambulância foi tirada da Base de Itaporanga, semana passada, segundo denuncia seu próprio coordenador, para servir de táxio particular de paciente após autorização da central de regulação, enquanto, dezenas de pessoas aguardavam nos hospitais da região terem o mesmo privilégio no atendimento do serviço.

Um comentário:

Tulio Carvalho disse...

No dia 06 de Julho de 2013, por volta das 15 horas, na central de regulação foi solicitada uma unidade para avaliação de um paciente idoso, acamado e portador de Câncer de pulmão, o mesmo queixava-se de falta de ar e mal estar, esta solicitação partiu da cidade de Pedra Branca, onde é prestada assistência pela base descentralizada de Itaporanga. Ao entrar em contato com a USA -03 para passar o caso á médica intervencionista, o coordenador da base descentralizada do SAMU de Itaporanga interferiu faltando com o respeito com médico regulador de plantão, falando que de forma alguma a USA -03 iria sair para aquela ocorrência, pois se tratava de um político e o mesmo teria dinheiro para conduzir o paciente por meios próprios. Sendo orientado novamente pelo médico que este paciente estava em estado grave e necessitando de avaliação, a USA -03 sai para avaliar o paciente em Pedra Branca, após pelo menos uns 20 minutos da solicitação por via radio. Após avaliação da médica intervencionista ficou constatado a necessidade de transferência do paciente, foi solicitada a Unidade básica e pedindo a central de regulação, autorização para trazer o paciente até o hospital de Itaporanga para ser transferido pela USB-6 para o hospital de destino, já com vaga confirmada pela central.
Então venho aqui esclarecer falácias e mentiras que estão soltando, para transferir responsabilidade, pois estou muito satisfeito em trabalhar no SAMU Piancó onde não falta suporte de materiais, de medicamentos e nem, de VTR, a coordenadora tem responsabilidade de coordenar com competência, e busca entender o funcionamento do SAMU Piancó facilitando nosso trabalho e até mesmo dando suporte para cidades com "carência de atenção do SAMU” sobrecarregando a sua unidade. Mas nunca, repito, nunca negando socorro a quem precisa.