O ministro Cid Gomes (Educação) terá uma ótima oportunidade de sustentar, cara a cara, no plenário da Câmara, onde comparecerá nesta quarta-feira (11), às 15h, a declaração em que se referiu a deputados como "achacadores" do governo. A convocação do ministro foi aprovada na semana passada pelo plenário da Câmara, que se transformará em comissão geral para receber Cid Gomes. Se ele não comparecer, pode sofrer processo por crime de responsabilidade.
Durante visita à Universidade Federal do Pará, Cid fez a seguinte declaração: “Tem lá [no Congresso] uns 400 deputados, 300 deputados que, quanto pior, melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas”.
O pedido de convocação foi apresentado pelo DEM. Para o líder do partido, deputado Mendonça Filho (PE), o ministro tem de vir ao Congresso para apontar quem seriam os "achacadores" a que se referiu. Caso contrário, ofende todos os parlamentares. "Ele tem de dizer ao Brasil quem achacou, de que forma isso aconteceu e em que circunstâncias", disse.
O líder do PT, deputado Sibá Machado (AC), concordou com as opiniões de que as afirmações feitas pelo ministro foram fortes, mas ressaltou que Cid Gomes sempre colaborou com os trabalhos do Congresso. As convocações de ministros são mais frequentes nas comissões temáticas da Câmara. No ano passado, por exemplo, foram convocados os ministros da Agricultura e de Minas e Energia para dar explicações nas comissões que tratam desses temas.
O último ministro convocado para falar no Plenário da Câmara foi Antônio Cabrera, titular da pasta da Agricultura em 1991. Ele falou sobre os efeitos do Plano Collor 2 no setor rural.
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