"Um estado indutor do desenvolvimento". Esta é a defesa do governador eleito Ricardo Coutinho (PSB), ao fazer uma defesa contundente do perfil que a sua administração deve estabelecer com a sociedade a partir do dia 1° de janeiro de 2011, quando ele vai assumir a chefia do Executivo estadual. A meta é implantar um modelo, segundo ele, que se contraponha ao que considera um modelo paternalista, visível na relação entre gestores e população, na Paraíba.
Para combater isso, o futuro governador promete ações que, no primeiro momento, deverão ser vistas como impopulares, a exemplo da racionalização da máquina estatal, com o "enxugamento" da folha de pessoal. O gestor promete ainda ampliar o raio de atuação do Estado para a população de mais de 3,7 milhões de pessoas residentes nos 223 municípios paraibanos. Sobre a manutenção da PEC-300, Ricardo mantém a posição de que vai assegurar o que estiver garantido pela lei, mas revela preocupação com o comprometimento dos recursos do estado com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
As metas sociais elencadas pelo futuro governador incluem a diminuição dos índices negativos da educação, a melhoria do sistema de saúde, inclusive com a defesa do retorno da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), a implantação do orçamento Democrático e a redução dos índices de criminalidade. Com 1.079.164 votos conquistados nas urnas, Ricardo Coutinho será o 51º governador da Paraíba.
As metas sociais elencadas pelo futuro governador incluem a diminuição dos índices negativos da educação, a melhoria do sistema de saúde, inclusive com a defesa do retorno da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), a implantação do orçamento Democrático e a redução dos índices de criminalidade. Com 1.079.164 votos conquistados nas urnas, Ricardo Coutinho será o 51º governador da Paraíba.
Confira, abaixo, trechos da entrevista que Ricardo concedeu ao O Norte:
De uma diferença apertada de votos no primeiro turno para uma votação que o consagrou como o mais votado na história das eleições para governador. Que avaliação o senhor faz dessa mudança que houve do primeiro para o segundo turno?
Eu acho que a Paraíba está passando por um processo de requalificação da política. Nessa campanha ficou evidente que as pessoas estão cansadas de políticos que não conseguem dialogar com a sociedade. Tivemos adesões em alguns municípios, mas também houve viradas sem apoio adicional, como em São Bento, Pombal, Sousa, Sapé e Alhandra. No primeiro turno tivemos maioria em 57 municípios, o que foi ampliado para 126 no segundo turno. A população percebeu que o nosso atraso era bastante evidente e que era preciso dar um passo adiante. É preciso entender que a política é feita pelos políticos e pelo povo.
O senhor está tranquilo em relação às quatro Ações de Investigações Judiciais Eleitorais (Aijes) movidas pela coligação Paraíba Unida, o que pode levar o embate eleitoral para o terceiro turno?
Desculpe a expressão, mas considero isso uma bobagem. Estão querendo dar um sentido criminoso ao Empreender-JP, que é um programa da prefeitura com um caráter impessoal. Não me preocupo com isso, não, porque não tem nada de errado, o que configura como atitudes desesperadas da outra coligação.
No que diz respeito à relação com a Assembleia Legislativa, o resultado dessa eleição lembra quando o senhor ganhou pela primeira vez para prefeito de João Pessoa, quando não havia uma base de parlamentares favorável ao seu projeto de governo. Como será essa relação?
Eu penso que a Assembleia Legislativa não será problema. Será solução. Apesar de setores da imprensa criarem listas de deputados da oposição, alguns estão mantendo contato e eu respeito as posições de cada um. Eu mesmo na condição de deputado da oposição tive ocasiões em que aprovei projetos que considerei importantes para o estado mesmo sendo da oposição e acredito que isso vai acontecer. Vou conversar com os deputados e acredito que vamos ter facilidade de encaminhar os projetos. Além disso, teremos a participação popular.
Seu guia foi pautado por um discurso da necessidade de realizar um "choque de gestão". O que vai significar isso na prática?
Significa que nós vamos trabalhar com um plano de metas que deve pautar as ações para a redução das altas taxas de analfabetismo na educação, por exemplo. Na segurança, a nossa ação vai ser para a redução dos índices de criminalidade. O Orçamento Democrático será outro mecanismo de participação popular que pretendemos levar a todo o estado, e talvez seja uma medida pioneira. Vou assegurar a construção do Centro de Convenções que é necessário ao turismo e regularizar a Costa do Sol, levando em conta os interesses do estado. Por outro lado, o equilíbrio fiscal que a lei preconiza tem que ser mantido, e o que chama atenção é o comprometimento atual de quase 55% da receita o que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e tem que ser corrigido pelo atual gestor. Um governador precisa governar para uma população. Eu não fui eleito para administrar uma folha de pagamento. É preciso racionalizar a máquina e uma das medidas é fazer o enxugamento necessário da folha em nome da racionalização da máquina.
Acredito que a campanha foi uma oportunidade de conhecer a Paraíba e perceber as necessidades da população. Qual foi a imagem que o estado lhe revelou?
Uma Paraíba ávida por oportunidades. E o que precisa ficar claro, não são as grandes oportunidades, mas as pequenas que farão uma diferença para as mulheres rendeiras, os pescadores, os mineradores. O estado precisa ser o grande indutor do desenvolvimento econômico.
Eu acho que a Paraíba está passando por um processo de requalificação da política. Nessa campanha ficou evidente que as pessoas estão cansadas de políticos que não conseguem dialogar com a sociedade. Tivemos adesões em alguns municípios, mas também houve viradas sem apoio adicional, como em São Bento, Pombal, Sousa, Sapé e Alhandra. No primeiro turno tivemos maioria em 57 municípios, o que foi ampliado para 126 no segundo turno. A população percebeu que o nosso atraso era bastante evidente e que era preciso dar um passo adiante. É preciso entender que a política é feita pelos políticos e pelo povo.
O senhor está tranquilo em relação às quatro Ações de Investigações Judiciais Eleitorais (Aijes) movidas pela coligação Paraíba Unida, o que pode levar o embate eleitoral para o terceiro turno?
Desculpe a expressão, mas considero isso uma bobagem. Estão querendo dar um sentido criminoso ao Empreender-JP, que é um programa da prefeitura com um caráter impessoal. Não me preocupo com isso, não, porque não tem nada de errado, o que configura como atitudes desesperadas da outra coligação.
No que diz respeito à relação com a Assembleia Legislativa, o resultado dessa eleição lembra quando o senhor ganhou pela primeira vez para prefeito de João Pessoa, quando não havia uma base de parlamentares favorável ao seu projeto de governo. Como será essa relação?
Eu penso que a Assembleia Legislativa não será problema. Será solução. Apesar de setores da imprensa criarem listas de deputados da oposição, alguns estão mantendo contato e eu respeito as posições de cada um. Eu mesmo na condição de deputado da oposição tive ocasiões em que aprovei projetos que considerei importantes para o estado mesmo sendo da oposição e acredito que isso vai acontecer. Vou conversar com os deputados e acredito que vamos ter facilidade de encaminhar os projetos. Além disso, teremos a participação popular.
Seu guia foi pautado por um discurso da necessidade de realizar um "choque de gestão". O que vai significar isso na prática?
Significa que nós vamos trabalhar com um plano de metas que deve pautar as ações para a redução das altas taxas de analfabetismo na educação, por exemplo. Na segurança, a nossa ação vai ser para a redução dos índices de criminalidade. O Orçamento Democrático será outro mecanismo de participação popular que pretendemos levar a todo o estado, e talvez seja uma medida pioneira. Vou assegurar a construção do Centro de Convenções que é necessário ao turismo e regularizar a Costa do Sol, levando em conta os interesses do estado. Por outro lado, o equilíbrio fiscal que a lei preconiza tem que ser mantido, e o que chama atenção é o comprometimento atual de quase 55% da receita o que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e tem que ser corrigido pelo atual gestor. Um governador precisa governar para uma população. Eu não fui eleito para administrar uma folha de pagamento. É preciso racionalizar a máquina e uma das medidas é fazer o enxugamento necessário da folha em nome da racionalização da máquina.
Acredito que a campanha foi uma oportunidade de conhecer a Paraíba e perceber as necessidades da população. Qual foi a imagem que o estado lhe revelou?
Uma Paraíba ávida por oportunidades. E o que precisa ficar claro, não são as grandes oportunidades, mas as pequenas que farão uma diferença para as mulheres rendeiras, os pescadores, os mineradores. O estado precisa ser o grande indutor do desenvolvimento econômico.
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