Há mais de uma década que a população de Itaporanga e, consequentemente, do Vale do Piancó, passam por uma situação inadmissível, quando da perda de um ente querido, diante da ausência de um médico legista que até o início dos anos 2000 podiam atender no Hospital Distrital 'Dr. José Gomes da Silva'. O Governo do Estado, na época, decidiu simplesmente acabar com a ação naquele nosocômio e, a partir de então, condenar o povo dessa região a uma grande tormenta.
É que toda vez que morre alguém, seus familiares além da dor da perda tem de esperar, em muitos casos, mais de um dia para poder velar e enterrar o corpo, que antes é levado à Patos ou Campina Grande para o Instituto Médico Legal (IML). Algo repugnante, mas que até hoje não teve a devida atenção merecida por parte do Governo do Estado maltratando sem dó nem piedade o povo dessa região.
Pois bem, preocupado com essa situação lamentável a Câmara Municipal de Itaporanga aprovou, por unanimidade, requerimento do presidente da Casa, o vereador Jacklino Porcino (PMDB), que será encaminhado ao governador, solicitando a instalação de uma unidade do IML em Itaporanga para atender toda a região. A iniciativa deve ser cobrada por todos os políticos da região, pois a continuidade dessa situação é humilhante para o Vale do Piancó.
O Governo deve uma resposta à essa questão porque o Vale não pode mais continua sendo humilhado. Caso não possa instalar a unidade que, pelo menos, autorize um médico legista atender no Hospital de Itaporanga. A indicação também irá ajudar o trabalho tanto da Polícia quanto da Justiça, que tem enfrentado bastante dificuldade com criminosos muitas vezes impunes por falta de laudos capazes de comprovar lesões e autoria de crimes, permitindo que delinquentes fiquem livres, causando muita insegurança à população.
"A instalação de uma unidade do IML no município é necessária e urgente que irá beneficiar uma população de mais de 150 mil habitantes, de toda região, assegurando o pronto atendimento às inúmeras ocorrências do dia-a-dia no tocante a acidente de trânsito, mortes por armas de fogo ou brancas, ou mesmo morte sem motivo aparente. Agora, o que não podemos é ficar inertes com a grande angústia e desconforto que passam os familiares e amigos das vítimas. Essa questão será cobrada sempre por nós", declarou Jacklino da tribuna, durante sessão na última quinta-feira (28).
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