Outdoor da campanha colocado essa semana na frente do Colégio Batista |
As drogas são problemas que integram praticamente todas sociedades contemporâneas, resultado negativo decorrente a isso é de ordem social e econômica. Social, pois desestrutura a família e econômico por gerar diversos custos para os governos que na maioria das vezes mantém o tratamento. Sem esquecer que as drogas também financiam a violência e o crime.
Grande parte dos usuários é jovem, muitos começam a usar geralmente na escola e em idade cada vez mais prematura. De porte médio e por ser uma cidade pujante em sua economia, Itaporanga tem acompanhado nos últimos tempos esse problema de muito perto. Somente nesse ano foram vários casos de corpos de jovens desovados, nos arredores da cidades. O motivo? As drogas!
Pois bem, é preciso uma pastora evangélica subir à tribuna da câmara municipal e num discurso cheio de emoção suplicar apoio das autoridades, instituições e sociedade em geral, para que as coisas possam acontecer. Refiro-me à Pastora Selma, coordenadora do projeto de prevenção e combate às drogas, que na oportunidade [semana passada] afirmou ter entre as muitas dificuldades encontradas até a disponibilidade de um simples outdoor para publicização da campanha.
A pastora falou sobre a campanha, relializada entre os meses de setembro e novembro, sendo que sua culminância acontece no dia 20 de novembro, e pontuou que ela deve ser abraçada por toda a comunidade. "Se pudermos salvar uma estrelinha, das muitas que as ondas do mar jogam na areia, já tem valido muito. É um trabalho difícil, que a população tem de abraçar porque o problema está em nossas casas", declarou Selma. Dizem estudos que a base para o não ingresso dos jovens nesse mundo quase sempre sem volta está na família e na escola.
A primeira deve dialogar, conhecer as amizades, esclarecer sobre o perigo das drogas, e ensinar valores humanos e valorização da saúde e da vida. A segunda pode promover palestras, depoimentos, visitas de policiais, médicos entre outros profissionais que estão diretamente envolvidos no processo de prevenção das drogas e tratamentos.
No entanto, quem mais tem contato com o aluno são os professores, desse modo cabe a ele sempre que possível abrir momentos para discussões acerca do assunto, o tema não é de incumbência somente de determinadas disciplinas, mais sim de todas. O professor desenvolve um grande poder de influência, além de ser um formador de opinião, e é justamente nesse contexto que insere o seu papel. Por isso, como diretora do Colégio Batista, educandário que capitaneia a campanha, a pastora Selma sabe da sua responsabilidade na questão.
O educador pode implantar atividades vinculadas ao tema, muitos professores e também grande parte das direções pensam ou indagam sobre o conteúdo programático e o tempo gasto para concluí-los e que as pausas para as discussões sobre o tema podem prejudicar, esquecem que a palavra “educação” é bem mais abrangente, trata-se da formação do indivíduo como um todo de maneira que possa integrar a sociedade pronto para a vida. Se a função da escola é educar, por que não ensinar as nossas crianças, adolescentes e jovens sobre o risco que correm no uso de drogas?
Em suma, o problema é bastante complexo e requer a participação efetiva dos pais e dos professores com respaldo dos donos de escola, no caso particular, e do poder público nas instituições públicas, mais uma coisa é certa, a base para o problema está na educação. Parabéns ao Colégio Batista pela iniciativa. Vamos apoiar, minha gente, a causa é nobre!
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