A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal aprovou, ontem (20), o projeto de lei que aumenta o piso salarial dos professores da rede pública de R$ 1.917,78 para R$ 2.743,65 (PLS 114/2015). O valor deverá ser aplicado em todo o país para docentes com carga-horária de 40h.
Para ajudar a financiar o novo piso, o projeto também determina que 5% da arrecadação das loterias seja destinada a custear a complementação de salário dos professores. O projeto é fundamental para cumprir as metas de valorização previstas no Plano Nacional de Educação. Agora, será votado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
O relatório favorável ao projeto, da senadora Ângela Portela (PT-RR), estabelece que a integralização do novo piso deverá ser feita de forma progressiva, no decorrer de três anos. Um aspecto considerado "relevante" é que deverá caber ao governo federal, durante cinco anos, a responsabilidade financeira pela complementação dos salários em vigor, para que atinjam o montante referente ao novo piso salarial.
A lei que criou o piso (11.738/08) estabelece o valor mínimo a ser pago aos profissionais do magistério público da educação básica, com jornada de 40 horas semanais. O valor é calculado, a cada janeiro, com base na comparação da previsão do valor aluno-ano do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) dos dois últimos exercícios.
Ao longo dos seis anos (2009-2015) desde a sua implementação, o piso foi reajustado em 87%, com ganho real de 37%, segundo dados da Secretaria de Articulações com os Sistemas de Ensino do Ministério da Educação. Este ano, a atualização de 13,01% elevou o vencimento inicial da categoria de R$ 1.697,39 para R$ 1.917,78. (com Ascom/Senador Romário Farias)
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