O posicionamento do Governo do Estado com relação à greve dos professores, que já chegou ao seu vigésimo oitavo dia, causou uma ação enérgica da categoria. Na manhã de hoje, após assembleia, os professores saíram em caminhada do Colégio Lyceu Paraibano até o Palácio da Redenção, e invadiram as dependências do prédio oficial do Governo do Estado. Utilizando um carro de som, que está estacionado na Praça dos Três Poderes, membros do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB), representantes dos estudantes e alguns políticos da oposição, estão discursando e acusando o governador Ricardo Coutinho de agir de forma ditatorial.
Segundo o secretário de administração do Sintep-PB, Antônio Arruda, durante a assembleia foi definido que a greve só será finalizada depois que o Estado devolver os descontos e aceitar as propostas encaminhadas pelo sindicato. “Tivemos a informação que o governador Ricardo Coutinho estava no Palácio da Redenção, assim como o secretário de Educação, Afonso Scocuglia, e da Casa Civil, Walter Aguiar, e todos teriam ido embora quando souberam que iríamos ocupar o Palácio da Redenção. Só sairemos daqui depois que os descontos aplicados nos salários forem retirados”, revelou.
Durante a entrada no prédio estadual, uma professora foi ferida por dois seguranças que barravam a porta de entrada. Eliete Oliveira, que apresentava hematomas no queixo, disse que foi empurrada ao tentar segurar a porta, e irá se submeter ao exame de Corpo de Delito. Participando da manifestação, o deputado estadual Frei Anastácio (PT) declarou que o acontece no Estado “é uma vergonha”: “Há quase um mês os professores estão em greve, e o Governo não dialoga. É uma ditadura”.
Durante a entrada no prédio estadual, uma professora foi ferida por dois seguranças que barravam a porta de entrada. Eliete Oliveira, que apresentava hematomas no queixo, disse que foi empurrada ao tentar segurar a porta, e irá se submeter ao exame de Corpo de Delito. Participando da manifestação, o deputado estadual Frei Anastácio (PT) declarou que o acontece no Estado “é uma vergonha”: “Há quase um mês os professores estão em greve, e o Governo não dialoga. É uma ditadura”.
O parlamentar revelou que na semana passada deu entrada na Assembleia Legislativa para que fosse realizada uma sessão especial com a presença do secretário de educação do Estado, Afonso Scocuglia, mas que uma manobra da situação impediu a realização dessa sessão: “A pedido do governador Ricardo Coutinho, o líder do governo na Assembleia, deputado Lindolfo Pires, teria organizado os parlamentares da situação para votarem contra o requerimento. Já vi a postura de outros governadores com relação às reivindicações de diversas categorias, mas nada como o que está acontecendo na gestão de Ricardo Coutinho”.
Após algum tempo de manifestação, uma comissão de professores foi recebida pelo secretário-chefe de Governo, Walter Aguiar. De acordo com o professor Sizenando Leal, representante do Sintep, cerca de mil professores estão participando da manifestação. Os professores tomaram várias alas do Palácio e também ocuparam a frente do prédio. Eles prometem acampar no lugar até que alguém do Governo reveja a situação da categoria .
Em entrevista à Imprensa, o secretário de Administração, Gilberto Carneiro, disse que o Governo já fez tudo que podia pela categoria. Ele explicou que o governador já concedeu uma bolsa-auxílio de R$ 230 pelo desempenho profissional e que também incorporou a Gratificação de Estímulo à Docência (GED) ao piso salarial anterior. Segundo Gilberto, com essas medidas, o piso salarial do docente no Estado chega a R$ 925, acrescido da bolsa salarial, quando o piso salarial nacional é de R$ 890,97 para 30 horas trabalhadas.
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