O governo deve reformular sua bancada de sustentação na Assembléia Legislativa. Quer afastar os "anfíbios", classificação pronunciada ontem pelo secretário Lúcio Flávio [Casa Civil] aos deputados que ajudaram a derrotar as Medidas Provisórias contra os auditores fiscais. Anfíbios caracterizam-se pelo fato de terem a pele nua e temperatura variável. Que pode viver no ar e na água. Exemplo: a rã, o jacaré, o sapo.
Pois bem, os deputados Doda de Tião e Wilson Braga se enquadram em quais desses anfíbios? A rã, o jacaré ou o sapo. Na manhã de hoje, o deputado Frei Anastácio (PT) pegou pesado em discurso, na tribuna da Assembléia. O petista criticou Lúcio Flávio: "A Assembléia não pode ser chacoalhada por esse secretário do governo Ricardo Coutinho. não se pode tratar o deputado Wilson Braga, por exemplo, desta maneira, por um capanga que está cumprindo esse papel. Não é maneira de se agir diante desta Casa", disse.
"Wilson Braga merece ser respeitado, tanto pela sua trajetória, como pela sua idade", explicou Frei Anastácio. Seja lá qual for o tipo de anfíbio que Lúcio Flávio classificou Wilson Braga, é um desrespeito a quem ajudou ao governo a aprovar diversas matérias no plenário do legislativo estadual, inclusive descumprindo a orientação partidária na época em que tinha filiação no PMDB.
A propósito, não é a primeira vez que Wilson Braga sofre constrangimento com alguém do governo. A primeira aconteceu quando a secretária Aracilba Rocha (Receita) tachou o governo Braga como o mais "corrupto" que a Paraíba já viu. Que dizer, o que o ex-governador ainda está fazendo na base do governo? Tachado de "rã", "sapo" ou "jacaré", Wilson Braga já deve estar arrumando as malas para desembarcar na base de oposição.
Se existe "anfíbio" na bancada não só tem Wilson Braga e Doda de Tião. Há, pelo menos, uns seis, sete ou oito neste bloco que aplaudem quando o governo perde votações na Assembléia. A coisa é muito embaixo.
Da Redação com Marcone Ferreira
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