terça-feira, 18 de agosto de 2015

Tovar faz revelações sobre morte de empresário e diz Veneziano está ‘atordoado’

O deputado estadual campinense, Tovar Correia Lima (PSDB), analisou os últimos episódios que envolvem denúncias contra o ex-prefeito e atual deputado federal Veneziano Vital (PMDB) e os recentes ataques promovidos pelo PMDB à gestão do atual prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB). Tovar associou o ‘suicídio’ do engenheiro Roberto Cantalice, ocorrido na última sexta-feira (14), segundo ele,  a possível pressão do grupo de Veneziano e revelou estratégia de ações e eventos na Rainha da Borborema para abafar os ‘escândalos’.
Tovar listou as ações que foram realizadas pelo PMDB desde o depoimento do ex-tesoureiro Renan Trajano até chegar a morte do engenheiro da empresa relacionada com o suposto esquema de desvio de Veneziano. “Numa semana, Veneziano sai visitando bairros de Campina, concedendo entrevistas, tirando várias fotos que qualquer um pode encontrar por aí, na outra espalhou outdoor pela cidade dizendo que destinou tantos reais para o município. E essa semana agora fez a convenção do PMDB no momento em que o suposto amigo, porque eles tinham relação de negócios que foi comprovada com a JGR e também pela relação estabelecida com os secretários, que era Roberto Cantalice, o engenheiro que faleceu na sexta à tarde e o enterro foi no sábado, no mesmo sábado que aconteceu a convenção do PMDB. Na medida em que o caixão era fechado, os fogos da convenção do PMDB eram soltos no açude velho e dava pra ouvir. Os próprios amigos comentaram isso que ironia que o caixão foi fechado na hora da queima de fogos”, destacou o deputado que esteve presente no velório.
A morte do engenheiro seguida do depoimento prestado a Polícia Federal, para Tovar, é um indício da relação. “Eu fui ao velório dele porque eu conhecia toda a família, ele mesmo, sua namorada. Não sabíamos da ligação de Cantalice com Veneziano até sair a história da CPI. E me parece que Cantalice prestou um depoimento bastante ameno a Polícia Federal e ele sabia que a corda ia arrebentar do lado mais fraco e nesse caso era ele. E terminou se suicidando, o laudo já mostrou que era isso. Um cara que era alegre, sorridente, deve ter havido pressão parte de alguém ligado a Veneziano, ele não aguentou a pressão e suicidou-se”, atestou Correia Lima.
O deputado cobrou que o ex-tesoureiro divulgue o nome dos vereadores que também são apontados como beneficiários do esquema. Para Tovar, a não divulgação incrimina todos os vereadores da época, e na lista estão ele e a deputada Daniella Ribeiro. “Isso é um fato novo que acaba por acusar o processo todo de culpa dos envolvidos, porque houve um suicídio. Veneziano, como todos, ficou atordoado. E aí o que ele faz, parte para o ataque e tenta descredenciar todo mundo. A CPI, os vereadores, e eu defendo que Renan divulgue que eram os envolvido até porque eu era vereador na época e quero que fique esclarecido que o meu nome não estava envolvido. Tenho certeza que a deputada Daniella, que também era vereadora, vai querer saber”, exigiu.
A estratégia de atacar a gestão de Romero revela que Veneziano está ‘atordoado’, principalmente porque o ex-prefeito não sabe as provas guardadas pelo ex-auxiliar. “Nem Veneziano sabe o que Renan sabe. Porque ele era um auxiliar da prefeitura que transitava por todas as secretarias, muitas vezes a mando do próprio prefeito, e Veneziano não sabe o que o ex-tesoureiro guarda. Na visão do deputado, a carreira política de Veneziano e do irmão Vital Filho podem ser comprometidas ao longo das investigações. “Os planos de vida de Vitalzinho e Veneziano podem entrar por água abaixo com as informações de Renan, justamente porque um tem o mandato de deputado federal, bem votado, o Vitalzinho recebeu o cargo de ministro do TCU e agora toda essa construção pode ser questionada e derrubada”.
Tovar disse, por fim, que Veneziano divulgou informações ‘inverídica’ a respeito de verbas do Ministério do Turismo para o São João de Campina Grande. O deputado assegurou que esse tipo de divulgação faz parte da estratégia para tentar desviar o foco das denúncias contra o ex-prefeito.ou”, ponderou Tovar.

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